Jornal Correio Braziliense

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Com Sisu, mobilidade universitária é de 13%

Programa permite que estudantes avaliem possibilidades em outros estados, avalia Mercadante

, o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, avaliou que a mobilidade universitária é um dos efeitos mais positivos do sistema. "A mobilidade gera maior integração, diversidade e fortalecimento nacional", garantiu.

A mobilidade nesta edição do Sisu, que conta com mais de 1,5 milhão de inscrições, é de 13%. Isso significa que, do total do número de inscrições, mais de 100 mil correspondem a de estudantes que se candidataram para vagas disponíveis fora da cidade onde moram.

Mercadante considera que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o Sisu permitem que estudantes de baixa renda tenham as mesmas chances que os demais, em melhores condições financeiras, de poderem escolher e se e se candidatar para o melhor curso que desejar, na instituição de ensino pública que mais lhe convier.

"Antes, quem podia pagar passagem de avião fazia quantos vestibulares quisessem, para várias instituições. Os pobres ficavam limitados às universidades mais próximas. O Enem e o Sisu mudaram isso", apontou. Por isso, para ele, é fundamental que as instituições adiram aos programas.

Mercadante compara o dinheiro gasto para a realização do Enem com o que as universidades costumam desembolsar para realizar um vestibular. "Nesta edição gastamos três vezes mais do que na edição anteiror, por candidato, para aplicarmos o exame. Por outro lado, o valor gasto num vestibular, que é de R$ 5 milhões, em média, podia estar sendo usado para outras prioridades, como auxílio aos estudantes de baixa renda.

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Entre os estados com maior volume de inscritos, cerca de 90% das inscrições oriundas do Rio de Janeiro são para instituições locais. Já entre o montante de São Paulo, apenas 33% das inscrições são para permanência no estado. Entre os candidatos de lá, as outras opções são se mudar para o Rio de Janeiro ou para Minas Gerais.

Na edição anterior do Sisu, a maior mobilidade foi registrada em São Paulo, em que 4.839 inscrições foram feitas em unidades da federação diferentes da de origem. Como, naquela edição, a Universidade de Brasília (UnB) ainda não havia aderido ao Sisu, dos 589 estudantes inscritos, 487 optaram por estudar em uma instituição fora do DF.