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Suspeito de vandalismo depõe

Os investigadores localizaram no Park Way o terceiro acusado de depredar o Palácio Itamaraty, durante o movimento Acorda, Brasília! De acordo com a polícia, ele responde por lesão corporal e faz parte de uma torcida organizada

postado em 03/07/2013 13:09
Domivan de Almeida negou, na delegacia, ter usado coquetel molotovA Polícia Civil localizou o terceiro suspeito de praticar atos de vandalismo no Palácio Itamaraty, durante a manifestação intitulada Acorda, Brasília, no último dia 20. Domivan Pereira de Almeida, 18 anos, estava no Park Way quando foi abordado por investigadores. Ele prestou depoimento na 5; Delegacia de Polícia (área central) e, de acordo com a polícia, confessou ter arremessado objetos contra o monumento. Domivan é visto nas imagens feitas no dia do protesto com uma camisa de time. Após praticar atos de vandalismo, ele usou a roupa para cobrir o rosto. Os agentes colheram depoimento de outros dois suspeitos do quebra-quebra. Eles não têm vínculos, segundo a polícia. Outros quatro homens ainda são procurados.

Apesar de ter confessado participação no ato de vandalismo, Domivan não ficou preso. Ele foi localizado na sexta-feira passada, mas acabou liberado após prestar esclarecimentos aos policiais da 5; DP. Segundo a polícia, ele assumiu estar na rampa do Palácio Itamaraty e ter arremessado objetos contra o prédio, mas negou ter usado coquetéis molotov. Por se tratar de um órgão de responsabilidade do governo federal, a Polícia Civil vai encaminhar as apurações para a Polícia Federal, responsável pela investigação. Domivan, que está em liberdade provisória pelo crime de lesão corporal, deve responder agora por dano ao bem público.

A identidade e a localização de Domivan, assim como de Samuel Fereira Souza de Jesus, 19 anos, e Cláudio Roberto Borges de Souza, 32, ocorreram com auxílio de imagens disponibilizadas pela imprensa. Samuel e Cláudio foram localizados em Taguatinga e em São Sebastião, respectivamente, menos de uma semana após a manifestação. O diretor-geral da Polícia Civil do DF, Jorge Xavier, garante que pelo menos outros quatro homens foram identificados pela polícia. Eles ainda continuam sendo procurados pelos policiais. ;Os três que colhemos depoimento confessaram. As imagens também mostram a ação deles. Vamos encaminhar à Polícia Federal, que pode dar outros desdobramentos a respeito das investigações;, explica. Xavier afirma que os três homens não têm vínculos, mas sim perfis completamente diferentes. ;O Cláudio é envolvido em furtos, o Samuel tem vínculo com os punks e o Domivan é integrante de uma torcida organizada de futebol;, detalha.

Prejuízo

As apurações da Polícia Civil, até agora, indicam que o trio, em companhia dos outros manifestantes, é suspeito de ter aproveitado a manifestação para depredar prédios públicos. Um dos alvos foi o Palácio Itamaraty. Os suspeitos incendiaram janelas, arremessaram pedras e coquetéis molotov nos vidros e invadiram o monumento. A Polícia Militar precisou fazer uso de spray de pimenta, gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral para controlar a ação.
De acordo com a assessoria de imprensa do Itamaraty, a ação dos suspeitos resultou em um prejuízo de quase R$ 18,5 mil. Os gastos são referentes à reposição de 65 vidraças quebradas durante a manifestação. Os reparos estão em fase de finalização. O Itamaraty já foi reaberto para visitação pública.

Três novos protestos

Manifestantes voltaram às ruas ontem em Planaltina, Ceilândia e na Esplanada dos Ministérios. De manhã, cerca de 500 moradores do Condomínio Sol Nascente protestaram na BR-070. O grupo era contrário à derrubada de 24 casas em áreas irregulares. Eles chegaram a fechar as pistas nos dois sentidos da rodovia. Galhos e pneus foram queimados durante três horas. Em Planaltina, os manifestantes pediam mais investimentos do GDF na região administrativa. Entre as reivindicações, estão transporte público, saúde e educação de qualidade. Cerca de 40 manifestantes caminharam pela cidade durante duas horas. Ao chegaram ao prédio da administração, encontraram o local às escuras após o fim do expediente. Na Esplanada, o movimento foi de agentes penitenciários. Um grupo de 100 servidores pedia o direito de portar armas de fogo fora do horário de trabalho. Eles fecharam duas faixas do Eixo Monumental e se concentraram no gramado do Congresso Nacional.

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