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Coro contra ato médico

postado em 09/07/2013 18:18
Além das polêmicas em torno do pacto pela saúde detalhado ontem, o governo federal tem em mãos outro polêmico projeto: o ato médico, que prevê que tratamento e diagnóstico sejam ações exclusivas dos formados em medicina. Logo antes de anunciar as medidas que fazem parte do programa Mais Médicos, a presidente Dilma Rousseff ouviu ontem um coro em um auditório lotado, pedindo a ela que vete a proposta.

A reivindicação foi feita ao fim do discurso da presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Maria do Socorro Souza. ;Quero aqui manifestar nossa posição contrária ao ato médico;, disse Maria do Socorro. Segundo ela, outras profissões relacionadas à saúde também devem ser valorizadas. O prazo final para sanção do projeto de lei que regulamenta a medicina termina na sexta-feira.

Representantes de conselhos de enfermagem, farmácia, biomedicina e outras afirmam que há trechos ambíguos que os faria reféns dos médicos. Eles também questionam pontos, como o que torna exclusivo dos médicos a aplicação de injeções subcutâneas. As entidades médicas, por outro lado, afirmam que há má interpretação e exagero em relação ao projeto. ;O ato medico é um projeto revolucionário. Ele vai ao encontro do argumento de ter médicos, já que em alguns municípios, temos outros profissionais fazendo nosso trabalho. usando a mão de obra de não médicos. As enfermeiras são importantíssimas, mas é inconcebível que um psicólogo, por exemplo, faça o trabalho dos médicos;, disse o presidente da Federação Nacional dos Médicos, Geraldo Ferreira. Na última semana, várias cidades do país tiveram protestos contra o projeto. (JC)

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