postado em 22/07/2013 18:00
Embora represente a maior parte da população brasileira, a bancada católica no Congresso ainda não conseguiu se organizar numa frente parlamentar forte e coesa, diferentemente da evangélica. A diferença entre os dois grupos se reflete na produção legislativa. Sem unidade, os católicos não formaram por ora um grupo de interesse, com pautas comuns como prioridade. Com 79 deputados e dois senadores em uma frente, já os evangélicos conseguiram, nos últimos anos, emplacar vários de seus lobbies. Exemplo disso foi a mobilização para a eleição do deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para a Comissão de Direitos Humanos da Câmara, onde barra projetos de interesse de minorias, como os homossexuais, e pauta matérias como a chamada cura gay. Não raro, parte mais conservadora da bancada católica, a reboque da discussão, apoia as causas protestantes.
Em consonância com preceitos das igrejas, os deputados evangélicos se contrapõem a mudanças na legislação brasileira, como a liberação do casamento homossexual. Para o deputado católico Nilmário Miranda (PT-MG), a vinda do papa Francisco pode ser um ;ponto de inflexão; no país. ;Estamos enfrentando uma onda conservadora que criminaliza a juventude, especialmente a negra. Querem reduzir a maioridade penal, por exemplo. A Jornada Mundial da Juventude vai ser importante por ter uma força grande de ética espiritual;, avalia.
;Não há problema em que os evangélicos se organizem em frente parlamentar desde que não seja para se colocarem contra direitos individuais;, avalia Nilmário, destacando que o país não pode retroceder e deixar de ser um estado laico. Procurado pelo Correio, o presidente da Frente Parlamentar Evangélica, deputado João Campos (PSDB-GO), não atendeu as ligações.
"A Jornada Mundial da Juventude vai ser importante por ter uma força grande de ética espiritual;
Nilmário Miranda (PT-MG), deputado federal