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Registros no cérebro de primatas apoiam nova teoria da evolução

Pesquisadores do IB detectam neurônios no cérebro do macaco que respondem especificamente a imagens de serpentes

postado em 04/11/2013 12:34

Pesquisadores do IB detectam neurônios no cérebro do macaco que respondem especificamente a imagens de serpentesPrimatas e seres humanos possuem uma notável capacidade de detectar serpentes mesmo em ambientes com dificuldade de visão. A pesquisa realizada pelos professores do Instituto de Ciências Biológicas (IB) Rafael Souto Maior e Carlos Tomaz, em conjunto com pesquisadores japoneses e americanos, revelou que um determinado grupo de células nervosas no cérebro dos primatas respondia mais rápido na identificação de serpentes. O artigo foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (), na última segunda-feira (28). A pesquisa contou com o apoio da (Japão).

Por meio de sondas inseridas no cérebro dos macacos foi possível detectar que os neurônios localizados no pulvinar ; parte do cérebro envolvida na atenção visual ; foram mais rápida e fortemente ativados em resposta a estímulos visuais de serpentes, comparado com outros estímulos. ;Nós realizamos testes em primatas justamente por eles terem uma estrutura cerebral bastante similar à do ser humano. Sendo assim, podemos supor que nós também temos essa capacidade de detectar serpentes;, explica o professor Tomaz.

Em várias mitologias, a serpente é vista como um ser insidioso, por ser um predador que não corre atrás, mas fica à espreita e depois ataca. ;Nós vemos que há esse histórico marcante da serpente na nossa cultura. Ela agrega esse caráter da maldade escondida;, conta o professor Rafael Maior.

Pesquisadores do IB detectam neurônios no cérebro do macaco que respondem especificamente a imagens de serpentesDe acordo com o professor Carlos Tomaz, a pesquisa pode ter implicações práticas se analisada por outras perspectivas, como no caso da ofidiofobia, o medo de serpentes. ;Sabemos que a ofidiofobia é a mais comum entre humanos. Esse estudo pode vir a ajudar no entendimento dos mecanismos neurais dessas fobias;, afirma.

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