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Casa de Ustra é pichada no Lago Norte

Naira Trindade
postado em 01/04/2014 16:00
Manifestantes estenderam faixas na casa do general acusado de tortura (Carlos Moura/CB/D.A Press)
Manifestantes estenderam faixas na casa do general acusado de tortura

A frente da casa do ex-chefe do DOI-Codi coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, no Lago Norte, virou alvo de pichações, ontem. Faixas e fotos de desaparecidos políticos foram afixadas na grade da casa dele pelo grupo Levante.

Amarrados a paus-de-arara, os ativistas encenaram uma sessão de tortura. Depois,m entoaram slogans contra a repressão e pela punição dos torturadores do regime militar. A cena se repetiu, no fim da tarde, no gramado do Congresso Nacional. Em memória aos camponeses assassinados pela ditadura, cerca de 100 manifestantes com bandeiras do Movimento dos Trabalhadorfes Sem-Terra (MST) fincaram 1.196 cruzes enroscadas em arame farpado. Quatro bonecos com nomes de oficiais ligados à repressão foram queimados. Os ativistas marcharam depois até o Supremo Tribunal Federal (STF), para cobrar do presidente da Corte, ministro Joaquim Barbosa, o julgamento dos torturadores. Eles reclamam que o coronel Ustra, hoje com 81 anos ; apesar de ser o único militar brasileiro condenado pelo crime de lesa-humanidade ; continua livre.

Os manifestantes arremessaram cruzes de madeira contra a estátua da Justiça que fica em frente ao edifício-sede do STF. O trânsito chegou a ficar interditado, mas não causou transtornos aos motoristas. Além do grupo Levante e do MST, participaram do ato integrantes do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA).

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