postado em 01/05/2014 15:19
O vírus H7N9 circula entre aves, mas, eventualmente, pode ser transmitido para uma pessoa, causando um perigoso quadro conhecido como gripe aviária. A China é o país que mais sofre com o problema. Lá, 375 pessoas foram infectadas no último ano, sendo que 155 morreram. O temor das autoridades de saúde é que o micro-organismo adquira a capacidade de ser transmitido de um ser humano para outro, o que poderia levar a uma pandemia.Antecipando-se ao problema, pesquisadores da Universidade de Cambridge (Reino Unido) desenvolveram uma vacina que se mostrou eficaz contra o H7N9. Após testes iniciais com humanos, os resultados foram positivos, com respostas de anticorpos semelhantes aos de pessoas que sobreviveram ao vírus, demonstram os pesquisadores em um artigo publicado hoje na revista Science Stanslational Medicine.
A semelhança de cepas da gripe aviária é uma das dificuldades a serem vencidas pelos cientistas no combate à doença, além da circulação facilitada do vírus pelo ar, que, desse modo, pode se misturar com outras variações e se tornar mais resistentes. Por meio de uma tecnologia sintética, os pesquisadores desenvolveram a vacina a partir de uma sequência genômica do agente infeccioso.
;Começamos a fazer a vacina em abril de 2013 e testamos em voluntários adultos em agosto. Em novembro, nós estávamos certos de que a vacina com adjuvante (ingrediente que ajuda a dar eficácia à vacina) estava trabalhando;, declarou à imprensa Niranjan Kanesa;thasan, especialista em vacinas e professor de Cambridge.
Os autores explicam que a adição do adjuvante imunológico MF59 impulsionou as respostas de anticorpos em voluntários após uma segunda aplicação nos pacientes. ;É possível que, por meio da adição do MF59, as respostas de anticorpos mais fortes sejam alcançadas na maioria dos indivíduos após uma segunda injeção;, destacou Kanesa;thasan.