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Governo diz que reajuste dos professores será acima da inflação para todos

postado em 19/07/2012 19:50

O informou ontem(18/7) que a proposta de reajuste dos professores univesitários oferecida pelo governo federal na última sexta-feira (13/7) proporciona a todos os docentes ganhos salariais acima da inflação até 2015. Os professores dizem que a inflação vai corroer o salário até 2015.

Em nota divulgada à imprensa, o Planejamento disse que mantém a política de valorização de carreira, iniciada em 2003, no governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. ;Desde este período, os professores vêm recebendo aumentos reais de salário, recompondo as perdas de vencimentos acumuladas em décadas passadas;.

O órgão apresentou a remuneração dos servidores em dezembro de 2002 e como ficaria caso aceitassem a proposta do governo. No caso dos docentes com dedicação exclusiva e doutorado, o salário inicial era R$ 2.436. Com o reajuste proposto passaria para R$ 8.439 em 2015. Ao atingir o topo da carreira, a renda seria de R$ 17.057. Aumento real (descontado a inflação) de 56,82% no salário final, segundo o Planejamento.

No entanto, ainda segundo a tabela publicada, os professores com mestrado e em regime de 40 horas semanais terão aumento real de apenas 0,55% no salário final, em 2015. A remuneração chegaria a R$ 5,502. Em 2002, a renda era de R$ 2,574.

[SAIBAMAIS]Os representantes da categoria reclamam que a proposta do governo beneficia apenas os docentes em topo de carreira. Segundo a presidenta da Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes), Marinalva Oliveira, a oferta governamental não atende às reivindicações da categoria.

;A proposta do jeito que está não contempla nossas reivindicações, que é a reestruturação da carreira, considerando uma carreira atrativa para todos os níveis. Do jeito que está não contempla desde o professor graduado até o professor com doutorado;.

Os cálculos do Planejamento descontam a inflação do período, considerando índices estimados de 4,7% em 2012 e 4,5% em 2013, 2014 e 2015. O impacto fiscal da oferta do governo aos professores de universidades federais será de R$ 3,9 bilhões nos próximos três anos.

A próxima reunião entre representantes dos professores e do governo federal está agendada para dia 23 de julho. Até lá, a greve, que dura dois meses, continua.

Segundo dados do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), a paralisação atinge 57 das 59 universidades federais, além de 34 dos 38 institutos federais de educação tecnológica.

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