postado em 13/08/2012 19:33
Professores da Universidade de Brasília se reuniram, na tarde desta segunda-feira (13/8), para debater a elaboração de uma contraproposta a ser levada para discussão na próxima assembleia geral, que ocorre na quinta-feira (16/8).
O objetivo do encontro foi reavaliar a última proposta, feita pelo governo aos grevistas em 24 de agosto. Os docentes sinalizaram alguns pontos que poderiam ser flexibilizados, desde que não ferissem os princípios de carreira defendidos pelo movimento.
A estrutura de carreira da proposta original do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) prevê percentual fixo (de 5%) e constante entre níveis, regimes de trabalho e titulação. O governo, porém, propôs um estrutura sem percentual fixo e padronizado.
Foi discutido que essas tabelas favoreciam aqueles que estavam no topo da carreira sendo pouco atrativo para a maioria dos professores. Os docentes debateram a possibilidade da flexibilização de alguns percentuais para que haja uma compatibilidade com o teto proposto pelo governo, que é de R$ 17.057,74. Porém, a maior parte dos participantes prefere manter o percentual fixo de 5%.
Outro ponto da proposta do governo que os docentes não são aceitam é a certificação de conhecimento tecnológico (CTT). O governo, em sua proposta, institui o CTT e a equivalência aos títulos de especialista, mestre e doutor. Os professores argumentam que o CTT desvaloriza a progressão.
Foram discutidos também outros pontos da pauta de reivindicação, como a hierarquia de carreira, o ingresso isolado direto no topo da carreira, as gratificações, a barreira à progressão e à promoção. Em todos esses pontos os professores foram favoráveis à manutenção da proposta do Andes-SN.
Como forma de chamar a atenção das autoridades, os professores realizarão uma marcha nesta quarta-feira (15/8). O enterro da educação, como é chamado o protesto, terá concentração na Praça Chico Mendes, na UnB, às 8h30.