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Professores universitários anunciam nesta sexta (31) se voltam a trabalhar

Docentes fizeram protesto em frente ao Ministério da Educação

postado em 30/08/2012 14:24
Os professores universitários em greve vão anunciar nesta sexta-feira à noite (31/8) se voltam ou não ao trabalho. Eles realizam nas próximas horas 40 assembleias regionais para discutir a última proposta do governo. Representante da maior parte dos professores, a presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Marinalva Oliveira, informou que a decisão só deve ser divulgada após a consolidação dos resultados das assembleias.

Representantes das 52 universidades, quatro institutos e dois centros federais de educação tecnológica, ligados ao Andes-SN, reuniram-se em frente ao Ministério da Educação (MEC) para uma aula de fortalecimento da greve e solicitação de reabertura das negociações com o governo.

Na lousa, o tema da aula: ;Perda das condições de trabalho: precarização;. Conduzida, inicialmente por Alexandre Pinto Mendes, professor da faculdade de direito da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), a aula revelou a situação de abandono das instituições em todo o país. ;A precarização está diretamente ligada à qualidade da educação;, afirmou. Na federal que representa, Mendes diz que 34 novos cursos foram abertos em cinco anos, sem que a quantidade de docentes tenha crescido proporcionalmente.

[SAIBAMAIS]Protesto
O depoimento de Cícero dos Santos, professor de agronomia, zootecnia e administração da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), diante do tema foi um desabafo sobre a vulnerabilidade de estudantes e professores no câmpus Arapiraca. Localizado no mesmo território do Presídio Desembargador Luis de Oliveira Souza, a universidade já foi alvejada e virou campo de fuga dos detentos. ;Entramos em greve também pelo descaso do governo perante a falta de segurança na universidade. Fugas, sequestros e furtos são comuns, infelizmente.;

;O governo brincou de fazer universidade dentro de um instituito;, declarou Júlio Calazanz, estudante do curso de engenharia de controle e automação do Instituto Federal do Amazonas (Ifam). Segundo ele, o restaurante da instituição é terceirizado e o valor do auxílio-moradia é insuficiente. ;Aqui em Brasília, os estudantes recebem R$ 550, no Amazonas são apenas R$ 150;, finaliza.

Entre as falas, os professores entoaram gritos para que o ministro Aloizio Mercadante os recebesse: ;Sou professor, sou estudante. Me recebe, Mercadante;. Líderes do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) compareceram à manifestação, declarando total apoio às decisões do Andes-SN. Durante a tarde, representantes de 28 entidades e de três centrais sindicais participarão do Fórum das Entidades Federais no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Com informações da Agência Brasil

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