De acordo com a coordenadora do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), Marta Moraes, o governo "tem que saber que nós existimos e exigimos negociação já". Os professores também estão com faixas e cartazes com as seguintes frases: Educação Não Rima com Repressão e Governo que Fecha Escolas e Hospitais É Reprovado. Fora Cabral.
Segundo o Sepe, cerca de 500 profissionais de educação devem participar da vigília de hoje à noite. Uma nova assembleia está marcada para segunda-feira (16/9), às 14h, no centro da capital.
A coordenadora-geral do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe), Ivanete Conceição, disse que o governo e o secretário de Educação, Wilson Risolia, não estão mais dispostos a negociar com o sindicato depois da ocupação do saguão do prédio da antiga Secretaria Estadual de Educação (Seeduc), na última quarta-feira (4). De acordo com a coordenadora, a categoria decidiu ocupar o edifício após o último encontro, que não teve a presença do vice-governador Luiz Fernando Pezão e de Risolia.
;O governo fechou a porta para nós depois do ocorrido na Seeduc. Parou de negociar com o Sepe e só está recebendo outros sindicatos, como a Uppes [União dos Professores Públicos no Estado] que não representam a greve. Queremos que eles nos recebam e negociem ;, disse Ivanete.
A secretaria rebateu a informação de não pretende negociar mais com o sindicato. Segundo a secretaria, ocorreram quatro reuniões desde o início da paralisação, no dia 8 de agosto, inclusive com a presença do vice-governador e do secretário. E "esclarece que o sindicato só não encerra a greve por que não quer". A secretaria lamentou a decisão da categoria em continuar com a greve, prejudicando mais de 30 mil alunos às vésperas do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem).
A categoria pede reajuste salarial de 26%, redução da carga horária semanal para 30 horas e melhorias nas condições de trabalho. Na última quarta-feira (4), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro concedeu liminar determinando a suspensão da greve estadual, mas o Sepee aguarda decisão judicial.