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Decisão judicial suspende mudanças no plano de cargos de professores do Rio

Decisão judicial suspende mudanças no plano de cargos dos professores do Rio

postado em 30/09/2013 18:31
Rio de Janeiro ; Uma decisão judicial suspendeu nesta segunda-feira (30) os resultados de uma reunião entre vereadores do Rio. Com isso, pode haver adiamento da votação do Projeto de Cargos, Carreira e Remuneração do magistério municipal, prevista para amanhã (1;) na Câmara Municipal. A juíza Gisele Guida de Faria, da 9; Vara de Fazenda Pública, concedeu mandado de segurança ao vereador Jefferson Moura (PSOL). Ele reclamou de não ter sido convocado para a reunião, que ocorreu no último dia 23, e na qual foi debatido o projeto enviado pelo Executivo.

Em sua decisão, a juíza destacou que a não convocação de Moura para a reunião violou o direito do vereador, e pediu esclarecimentos à Câmara. ;Não se deve esquecer que a existência de diferentes fases dentro do processo legislativo têm por finalidade possibilitar uma séria reflexão e o debate sobre o tema que vai ser inovado na ordem jurídica e, assim, produzir efeitos na esfera jurídica de um significativo número de pessoas, que, no caso, são os professores da rede municipal. A supressão de uma das fases ou sua incompletude ; como na hipótese -, constitui, por si só, um vício insuperável;, escreveu a magistrada em sua decisão.

O vereador sustentou que nem ele, nem o colega Reimont (PT), foram chamados para a reunião. ;Na semana passada foi divulgado que ocorreu reunião conjunta das comissões responsáveis por dar parecer ao Projeto de Lei 442, que trata do plano de carreira [dos professores], enviado pelo Executivo. Não houve convocação, e nós questionamos isso e os efeitos da reunião foram cancelados;, explicou Moura.

No entendimento do vereador, as emendas anunciadas pelo governo não podem ser apreciadas. "O projeto com as emendas não pode ser apreciado amanhã. Estaria sob suspeição. É preciso que haja nova reunião da comissão para apreciar a constitucionalidade das emendas;, disse o vereador.

A Câmara Municipal está cercada por tropas da Polícia Militar desde as primeiras horas do dia, porque centenas de manifestantes, a maior parte professores, estão em frente ao prédio. No último sábado (28), os professores que ocupavam o plenário da Câmara foram retirados à força pela PM, que usou bombas de gás e spray de pimenta para dispersar a multidão que estava do lado de fora.

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