postado em 25/04/2014 18:22
Depois que as negociações entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e o Sindicato das Entidades de Ensino Particulares do Distrito Federal (Sinproep-DF) não avançaram, 10 instrutores foram demitidos da instituição. O grupo fazia parte da comissão que reivindicava que os 300 profissionais que dão aula para cursos técnicos no Senac fossem enquadrados como professores e que, portanto, passassem a ser representados pelo Sinproep-DF e não pelo Sindicato dos Empregados em Entidades de Assistência Social e Formação Profissional do Distrito Federal (Sindaf-DF), que representa o quadro dos funcionários do Senac.[SAIBAMAIS]O ex-instrutor Ricardo Silva, formado em licenciatura inglês-português, está desapontado com a situação. "Em 11/4, a administração me deu a carta de demissão sem justa causa, mas eu imagino qual o motivo. Foi uma coisa muito covarde, ainda mais depois que a direção garantiu que não haveria retaliações", lamenta. Para Ricardo, a instituição deveria ter outra postura. "A direção deveria ser inspiradora para os funcionários, em vez de algo que dá medo. Os instrutores têm medo de perder o trabalho, por isso não é fácil encarar e fazer reivindicações. Eu estava liderando um movimento por melhores condições para a gente, mas o Senac não enxergou que era uma causa justa e não nos trata como professores", critica.
Agora, Ricardo Silva e outros profissionais demitidos pensam em processar o Senac por assédio moral. Além desta ação, o Sinproep-DF está juntando documentos para ajuizar ação contra a instituição para que ela enquadre os instrutores como professores. Questionada sobre o assunto, a direção do Senac se negou a dar entrevista. A assessoria de imprensa afirmou que "a instituição não se pronunciará sobre estas questões enquanto o assunto estiver em negociação com o Sindicato dos Empregados em Entidades de Assistência Social e Formação Profissional do DF (Sindaf)".