Diante da falta de critérios científicos de correção de provas, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) investiu R$ 2 milhões para contratar estudos na área. A intenção do chamamento público, lançado em julho do ano passado e destinado a pesquisadores, foi dar mais segurança às provas do instituto. O presidente do Inep, Luiz Cláudio da Costa, explica que um dos principais focos foi a discussão sobre a qualidade da avaliação das redações e das questões discursivas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A correção dos textos produzidos pelos estudantes tem sido um dos pontos mais delicados do sistema, gerando, ano após ano, inúmeras ações judiciais contra as notas e os critérios de revisão. No certame do Inep, sete propostas foram inscritas, e os resultados, que devem sair em breve, prometem impulsionar a qualidade do exame.
Costa diz que a ideia de lançar o edital surgiu quando ele começou a fazer análise dos textos. ;Vi que nós, no Brasil, não estávamos produzindo pesquisa sobre correção de texto. Comecei a perguntar o que era melhor, se dois corretores, um só, três, e vi que não havia estudos produzidos no país nos últimos anos sobre correção. Então, abrimos o edital para pesquisadores e instituições apresentarem projetos;, explica.