Alunos de escolas públicas têm conquistado mais vagas na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Essa é a constatação do reitor da instituição, José Tadeu Jorge, divulgada em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (14/3). Em 2013, estudantes da rede pública eram 30,7% dos matriculados. Em 2014, 37% dos matriculados. A quantidade de matriculados que se autodeclaram pretos, pardos ou indígenas também aumentou: passou de 13,2% para 17,7%.
Uma alteração no , que facilita a seleção de estudantes que cursaram o ensino médio integralmente em escolas públicas há 10 anos, motivou os novos resultados. O principal aspecto do PAAIS é a adição de pontos à nota final dos candidatos, após a segunda fase, no vestibular. Até 2013, eram acrescentados 30 pontos a mais na média para os alunos de escolas públicas e 40 para aqueles que, além de serem de escolas públicas, também se declaravam pretos, pardos ou indígenas. A partir do vestibular de 2014, os pontos acrescentados passaram para 60 e 80, respectivamente. Em 2013 e em 2014, respectivamente, o PAAIS foi porta de entrada para 30,5% e 37,1% dos candidatos de escolas públicas.
Segundo a assessoria de imprensa da Unicamp, a diferença entre o número de matriculados provenientes de escolas públicas e o número de aprovados e matriculados graças ao PAAIS se refere aos estudantes que, por algum motivo, não se adequaram ao PAAIS, por terem, por exemplo, estudado algum ano do ensino médio em escola particular.
Em entrevista dada em vídeo para o site da Unicamp, o reitor José Tadeu Jorge afirmou que as taxas são fruto do PAAIS e que a inclusão está sendo feita sem perda de qualidade nos alunos. Ele comemorou o resultado. ;O crescimento efetivo é muito expressivo de ingressantes que cursaram escola pública de segundo grau e também autodeclarados pretos, pardos e indígenas. Crescimento acima de 20% em relação ao ano anterior;.