Trabalho e Formacao

825 vagas para o Executivo

Concurso seleciona analistas técnicos de políticas sociais com salário de R$ 5,4 mil. Aprovados serão lotados em diversos órgãos

Lorena Pacheco
postado em 29/08/2012 08:00

Promovida pelo Ministério do Planejamento, certame é para pessoas com nível superior de formaçãoSaiu no dia (27/8), no Diário Oficial da União, o edital da seleção para o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. E, pelos números, o concurso promete recordes de inscrições: são 825 vagas, destinadas ao cargo de analista técnico de políticas sociais, e a remuneração é de R$ 5.466,53. Podem concorrer candidatos com qualquer formação de nível superior.

As oportunidades estão distribuídas em cinco áreas de atuação: assistência social (77), educação (30), gestão social (248), previdência (20) e saúde (450). De acordo com a Escola de Administração Fazendária (Esaf), banca organizadora do certame, 43 chances serão destinadas a pessoas com deficiência. Os aprovados sustituirão terceirizados e consultores contratados por meio de organismos internacionais.

Os interessados terão de passar por provas objetivas e discursivas, com aplicação prevista para 18 de novembro, além de prova de títulos. Os exames objetivos serão divididos em duas etapas. A primeira terá 70 questões de conhecimentos básicos sobre língua portuguesa, língua inglesa, gestão de pessoas, direito e políticas públicas, economia brasileira contemporânea e realidade brasileira. E a segunda, perguntas sobre as áreas específicas de graduação de cada candidato, totalizando 60 questões. Quem quiser garantir uma vaga deve se inscrever pelo site www.esaf.fazenda.gov.br, entre 3 e 16 de setembro. A taxa de adesão custa R$ 100.

Dentre as atribuições de analista técnico de políticas sociais destacam-se acompanhar os programas sociais do governo federal, apoiar e subsidiar atividades de controle e auditoria, colaborar na definição de estratégias e execução de atividades de controle, entre outras. Os novos servidores serão lotados em diversos órgãos federais, como a Secretaria de Direitos Humanos, a de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, a de Políticas para as Mulheres, o Ministério da Educação, o da Previdência Social, o da Justiça, o das Cidades, o do Desenvolvimento Agrário, o do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o do Trabalho e Emprego e o da Saúde.

Dataprev
Outra instituição ligada ao Executivo federal que está com concurso à vista é a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev). O Instituto Quadrix de Responsabilidade Social é a banca organizadora responsável pelo certame. De acordo com extrato de dispensa de licitação publicado no Diário Oficial da União da última sexta-feira, o certame será destinado ao preenchimento de vagas nas regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste, além dos estados do Rio de janeiro e de São Paulo. Ainda não há data para lançamento do edital.

A última seleção promovida pela Dataprev foi em 2011, quando foram oferecidas 2.090 oportunidades de nível superior para formação de cadastro reserva. O Instituto Quadrix também foi a banca responsável. Houve 57.404 inscrições ; uma concorrência média de 27,4 candidatos por vaga. Os cargos oferecidos foram para analista de processamento, analista de tecnologia da informação e engenheiro de segurança do trabalho. As remunerações básicas variaram de R$ 2.832 a R$ 3.806.

; Delegado de policia

A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) lançou concurso com a oferta de 100 vagas para delegado de terceira classe ; 5% delas destinadas a candidatos com deficiência. Podem participar pessoas com graduação em direito. A remuneração para o cargo não foi divulgada no edital. A jornada de trabalho é de 40 horas semanais. Os interessados podem se inscrever entre 28 de agosto e 27 de setembro, pelo site www.funcab.org, da Fundação Professor Carlos Augusto Bittencourt, banca do certame. A taxa de participação custa R$ 200. No último certame para o posto, em 2009, o salário era de R$ 7.745,29.

Governo tem novas preocupações

O Palácio do Planalto ainda nem sequer conseguiu fechar a negociação com os servidores públicos federais de braços cruzados e já se depara com o prenúncio de que três categorias de outros segmentos vão se juntar ao movimento grevista por melhores salários e condições de trabalho. Entre bancários, petroleiros e funcionários dos Correios, os que mais preocupam o governo, segundo apurou o Correio, são os primeiros. Interlocutores da presidente Dilma Rousseff consideram pouco provável que trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) e da Petrobras, de fato, interrompam as atividades.

Para crer nisso, a Presidência da República ampara-se em situações anteriores ao atual momento. Os funcionários da Petrobras, por exemplo, receberam um repasse de recurso relativos à Participação nos Lucros (PLRs). O acordo entre a empresa e os sindicatos foi assinado em junho, autorizado pela presidente da empresa, Maria das Graças Foster. A assessoria da companhia, contudo, diz que o acerto não têm relação com a data-base da categoria, que acontece agora em setembro, e afirma que as negociações ainda estão em fase preliminar. Por isso, seria desnecessária uma paralisação nesse momento.

No caso dos Correios, as conversas estão acontecendo com a direção da empresa e com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. O Planalto lembra que a paralisação dos servidores no ano passado trouxe mais prejuízos que ganhos econômicos. Eles radicalizaram na greve e não aceitaram se sentar à mesa de negociações, forçando a decisão do dissídio no Tribunal Superior do Trabalho (TST). O TST definiu reajuste de 6,87% e aumento linear de R$ 80, aquém do oferecido anteriormente pelo Ministério das Comunicações, que previa a mesma porcentagem de reajuste, mas abono imediato de R$ 500.

Os bancários, por sua vez, devem receber hoje uma proposta de reajuste salarial de 10,25%, participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários mais R$ 4.961,25 fixos, Plano de Cargos e Salários (PCS) e previdência complementar. Segundo o Planalto, no entanto, a principal reivindicação da categoria é a melhoria nas condições de trabalho, especialmente nos bancos privados. ;A cada mês, 1,2 mil empregados são afastados do trabalho, dos quais 600 por problemas psíquicos;, afirmou o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Carlos Cordeiro.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação