postado em 13/07/2012 17:10
Em meio a uma chuva de ovos e farinha, ocorreu a festa dos aprovados do segundo vestibular da Universidade de Brasília (UnB). Os estudantes que foram conferir pessoalmente seus nomes na lista colocada no fim da Ala Norte do Instituto Central de Ciências (ICC) puderam entrar às 17h e foram recepcionados pelos veteranos, que os aguardavam do lado de dentro do portão.
Vanessa Ferreira, 19 anos, foi aprovada no curso de comunicação organizacional. Esta foi a quarta vez que a jovem, que chegou a cursar arquivologia na UnB, prestou o exame. Ela disse que, mesmo já tendo sido aprovada antes, a sensação de olhar a lista de aprovados é incomparável. "Só serve se for assim, é uma emoção muito grande. O coração acelera, você não sabe o que faz", disse. Ela estava acompanhada da irmã, Monique Ferreira, 17 anos, que, tremendo, contou estar ainda mais nervosa do que a vestibulanda.
Quem também estava comemorando é o calouro de relações internacionais Vanbasten Noronha, 18 anos. Segundo ele, a aprovação já era esperada. "Eu estava confiante, pois fui bem na prova." Ele contou estar muito feliz, pois estudou muito. Amigo de Vanbasten, Gustavo José, 18 anos, não estava tão tranquilo, mas ficou aliviado com o resultado. "Eu não tinha noção se ia passar", disse o jovem, que tentava a aprovação pela segunda vez.
Para aliviar o estresse e o nervosismo pós-resultado, a comemoração foi incrementada com as pipocas e os algodões-doce levados pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE). A recepção também contou com a distribuição de dois guias aos calouros ; o Guia de Sobrevivência, que dá dicas do que fazer na hora do almoço e encontrar espaços de descanso, por exemplo, e o Guia de Assistência Estudantil. De acordo com Luiza Ramos, 23 anos, membro do DCE, a iniciativa de distribuir os guias surgiu da vontade de integrar e acolher os novos membros da comunidade acadêmica. "Criamos esse guia para ver se os calouros se sentem mais acolhidos e para eles saberem que, sempre que precisarem, podem procurar o DCE", afirma.
Após a aprovação no curso de direito noturno, restaram apenas algumas mechas do cabelo longo que Gabriel Fujita, 21 anos, usa há dez anos. Era uma promessa que havia feito caso passasse no vestibular. Ele contou que já fez a prova sete vezes, está tentando há três anos e meio. "É isso que eu sempre quis, é o meu sonho." Apesar de ter passado por momentos delicados durante os estudos, Gabriel resistiu e não aceitou os conselhos que recebeu para prestar concurso público ou desistir e ir para uma universidade particular. Ele teve aula no dia das mães, a avó morreu e chegou a perder a vaga por três itens incorretos apenas. "Foi um período muito difícil da minha vida", disse, emocionado.