Trabalho e Formacao

Médicos do DF aderem a paralisação nacional

postado em 30/07/2013 14:06
Pacientes dos hospitais públicos e particulares do Distrito Federal devem enfrentar problemas nesta terça-feira (30/7). O atendimento será prejudicado devido a paralisação nacional dos médicos, que segue até quarta-feira. Serviços de emergência e urgência serão mantidos, mas consultas e cirurgias eletivas agendadas podem ser suspensas. Segundo o Sindicato dos Médicos do DF, o protesto teve grande adesão no Hospital Regional da Asa Norte, no Hospital Regional de Ceilândia, no Hospital de Base e no Hospital Santa Marta. Organizado pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam), o Movimento Nacional em Defesa da Medicina e Saúde reivindica melhorias na infraestrutura e na qualidade da prestação de serviços nos hospitais. Além disso, a mobilização protesta contra as recentes medidas anunciadas pela presidente Dilma Rousseff, como a vinda de médicos estrangeiros pelo Programa Mais Médicos. A ampliação do curso de medicina de seis para oito anos com residência médica obrigatória de estudantes no Sistema Único de Saúde (SUS) é outro ponto que desagrada a categoria. De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF) , Gutemberg Fialho, a categoria está perocupada com o descaso do governo com a qualidade da infraestrutura e do atendimento. "A população pobre não pode ser assistida por pessoas despreparadas. O mesmo tratamento que a presidente e os políticos recebem deve ser oferecido ao resto da população." O presidente ressalta ainda que a residência de estudantes no SUS não é a saída para a falta de médicos. "O governo quer corrigir a deficiência nos hospitais públicos com mão de obra barata e inexperiente. Não podemos sacrificar a juventude. Deve-se contratar médicos capacitados." O SindMédico-DF não descarta a vinda de médicos estrangeiros desde que eles passem pelo Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras (Revalida). Os médicos do DF favoráveis ao movimento devem usar roupas, tarjas ou laços pretos para destacar a insatisfação. A partir das 15h, a categoria vai realizar um ato público em frente ao Ministério da Saúde.

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