Primeira fase do programa Mais Médicos selecionou somente 1753 profissionais brasileiros. O número representa apenas 11% da demanda inicial por médicos na atenção básica. De acordo com cálculos oficiais, ainda restam 13707 postos ociosos em 2885 cidades do país. O resultado foi divulgado nesta quinta-feira (1;/8), pelo Ministério da Saúde.
Os médicos com registro válido no Brasil têm até este sábado (3), às 16h, para homologar a participação no programa e assinar um termo de compromisso confirmando o interesse no município indicado. A lista com os selecionados deverá ser publicada no Diário Oficial da União na segunda-feira (5/8).
Os profissionais selecionados só poderão ser inseridos em equipes de atenção básica ou naquelas em que há falta de médicos. O Ministério da Saúde bloqueará o CPF dos médicos que participam do programa, impedindo que eles façam parte de equipes que já estão completas. O gestor municipal deve registrar as novas equipes em até 60 dias após a chegada do profissional.
;O Mais Médicos foi criado com o objetivo de ampliar o atendimento à população na atenção básica e, com essa ação, estamos garantindo que o profissional será alocado exatamente nas regiões onde faltam médicos;, disse o ministro da saúde, Alexandre Padilha.
A partir de terça-feira (6/8), as vagas remanescentes serão oferecidas para os brasileiros graduados no exterior e para médicos estrangeiros. Na sexta-feira (9/8), será publicada a lista dos municípios que receberão os profissionais estrangeiros.
Os médicos do programa ; tanto brasileiros quanto estrangeiros ; devem começar a atuar nos municípios em setembro. Todos os profissionais formados no exterior serão avaliados e supervisionados por universidades federais, de todas as regiões do país, que se inscreveram nesta primeira etapa do programa. No total, 41 instituições participam do programa.
Distribuição ; Dos 626 municípios selecionados nesta primeira etapa, 375 estão em regiões com 20% ou mais de sua população em situação de extrema pobreza, 159 em regiões metropolitanas, 68 estão em um grupo de 100 cidades com mais de 80 mil habitantes de maior vulnerabilidade social e 24 são capitais. Na distribuição dos profissionais foram atendidos ainda 23 distritos sanitários indígenas
Os estados que receberão mais médicos serão Bahia (161), Minas Gerais (159), São Paulo (141), Ceará (138), Goiás (117), Rio Grande do Sul (107) e Amazonas (73).