postado em 11/08/2013 12:52
Balanço divulgado ontem pelo Ministério da Saúde mostra que 715 médicos formados no exterior concluíram cadastro e apontaram seis municípios para trabalhar pelo Programa Mais Médicos ; o total de inscritos já chega a 2.020, mas o número ainda deve mudar até amanhã. Dos profissionais com diplomas no exterior, 194 são brasileiros e 521 estrangeiros ; . A maioria das inscrições são de Espanha, Portugal e Argentina, mas o número de países chega a 50. A maior parte dos participantes, 204, atuará no interior e em periferias de cidades no Sul do país. A segunda região que mais receberá médicos do exterior será o Sudeste (162), seguido pelo Nordeste (153), Norte (132) e Centro- Oeste (59). Esses profissionais não precisarão revalidar o diploma e terão uma autorização de três anos para trabalhar exclusivamente em áreas delimitadas pelo Ministério da Saúde.Nenhum estrangeiro trabalhará no Distrito Federal. Os profissionais têm até amanhã para homologar a inscrição. Até ontem, somando-se a quantidade de formados no exterior aos 938 brasileiros que já confirmaram participação, e outros 367 que tiveram nova chance de selecionar o município de alocação, chega-se ao número de 2.020 profissionais ; equivalente a 13% da demanda de 3.511 municípios, que é de 15.460 profissionais. Nesta semana, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o resultado ;supera a expectativa inicial;.
Ontem, no Rio Grande do Sul, a presidente Dilma Rousseff voltou a defender o programa e lembrou que os brasileiros têm prioridade. ;Não havendo médicos (brasileiros) para preencher essas vagas, aí preencheremos com médicos estrangeiros, com diploma fora do Brasil. Não há no mundo uma atitude de preconceito com estes fatos;, disse.
Assim como ocorreu com os profissionais formados no Brasil, a quantidade de médicos com diploma do exterior que concluíram o cadastro foi bem inferior ao número inicial de inscritos, já que, inicialmente, 1.920 estrangeiros cadastraram-se. Pouco mais de 18 mil médicos com diplomas do Brasil e do exterior inscreveram-se, mas cerca de 700 tiveram o registro nos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) inválidos.
O presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto d;Ávila contesta os números apresentados pela Saúde e afirma que houve problemas no processo de inscrição. ;Eles (os médicos brasileiros) foram impedidos, tudo para privilegiar o médico formado no exterior para vir sem diploma;, disse. Já o Ministério da Saúde alega que dos 7.333 CRMs considerados inválidos no primeiro mês de inscrições, 6.341 não estavam sequer preenchidos e outros tinham sequências em branco com ;0000; no campo de dígitos.