postado em 15/04/2014 15:00
Desde a antiguidade, restrições impostas aos cidadãos têm como base características físicas, psíquicas, econômicas e/ou comportamentais. Esses parâmetros segregatórios atingem não só o indivíduo diferenciado, mas toda a sociedade, tornando o processo de incluir muito mais difícil do que o de simplesmente ignorar. De acordo com a socióloga Gabriela Silveira Mafra, formada pela Universidade de Brasília (UnB) e mestranda em segregação social e racial, as causas que levam à exclusão variam muito, inclusive entre cada sociedade. ;Os impulsos podem partir de características culturais, de classe social ou até da influência da mídia, que, muitas vezes, dita um padrão de perfeição ideal à sociedade;, explica. O sofrimento de não se encaixar em valores impostos pela sociedade é, segundo a socióloga, a principal causa da marginalização.
Uma realidade que não desanima Rosalva Maria Almeida de Sousa, Cida Lima e Rozemere Oliveira Neves. Incluir é profissão para o trio de mulheres. Rosalva encontrou-se cuidando de idosos. Cida, de jovens marginalizados. E Rozemere, de pessoas com deficiência. Para a professora Sandra Regina Silva, há mais de 20 anos educando meninos e meninas, o papel dessas pessoas que trabalham para tirar as minorias da marginalização é fator determinante para que uma sociedade se desenvolva. ;É impressionante o poder que tem a simples sensação de sentir-se cuidado. Acho que esse tipo de trabalho e preocupação com os desfavorecidos é determinante para um desenvolvimento saudável de toda uma sociedade;, garante. As promotoras da inclusão contaram ao Correio o que fizeram para provocar essas pequenas, mas consideráveis, transformações sociais.