Antonio Temóteo
postado em 22/05/2014 11:54
Com a economia em ritmo lento, o país teve em abril a menor geração de empregos formais para o mês nos últimos 15 anos. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), 105.384 trabalhadores tiveram a carteira assinada, uma queda de 46,48% em comparação com o mesmo período de 2013, quando haviam sido abertas 196.913 vagas. Diante desses dados, o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, admitiu que, no fim do primeiro semestre, poderá rever a projeção oficial para 2014.A previsão do governo é de que serão gerados 1,4 milhão de empregos neste ano, mas a meta já começa a ser abandonada. Técnicos do próprio ministério observam que vários sinais reforçam essa tendência. De janeiro a abril, foram feitas 458.145 contratações, se forem consideradas as declarações entregues pelas empresas depois do prazo, contra 549.064 nos quatro primeiros meses de 2013. Apesar disso, a estimativa para 2014 ainda é maior do que o resultado alcançado no ano passado, quando 1,1 milhão de postos de trabalho foram abertos.
Parte do resultado negativo de abril veio com o fechamento de 3.427 vagas na indústria. Por outro lado, o setor de serviços se manteve como o maior gerador de empregos, com saldo positivo de 68.876 empregos. O resultado geral do Caged ficou abaixo das previsões do mercado, que apontavam para um número entre 160 e 170 mil carteiras assinadas em abril. O ministro Manoel Dias disse que as empresas continuam a oferecer trabalho formal, mas em ritmo menor do que o dos últimos anos.
Ele ainda ressaltou que, em maio e junho, a oferta será maior, em virtude da admissão de temporários para a Copa do Mundo. ;Não teremos acréscimos espetaculares, mas acredito que muitos daqueles que trabalharão durante os jogos devem ser efetivados;, afirmou.