Trabalho e Formacao

Haja castanha!

Microempreendedora vende 100kg do produto por dia e, com o faturamento, visitou Paris

postado em 15/06/2014 11:58
 (Oswaldo Reis/Esp. CB/D.A Press)


De terça a domingo tem castanha de todo tipo pelos locais onde a microempreendedora Cristiane Andrade, 39 anos, passa: doce, salgada, baru, do cerrado, de caju, do Pará. O segredo para as vendas ela nem sabe definir ao certo qual é, já virou vocação: ela começou a trabalhar aos 16 anos, em feiras na cidade natal, Aracaju. Um ano mais tarde, veio para Brasília e continuou o trabalho na capital. Hoje, comercializa cerca de 100kg de castanha por semana, além de produtos como frutas desidratadas, granola, chia, amendoim e pistache.

A Câmara Legislativa do DF, a Secretaria de Saúde, a Controladoria-Geral da União e a Feira do Guará foram os pontos escolhidos por ela para vender os produtos variados. Segundo ela, a decisão de onde vender não foi difícil: é só seguir os clientes. Eles orientam também as compras da barraca itinerante. O goji berry, por exemplo, fruta de origem asiática que está em alta no momento, já faz parte da prateleira há tempos. ;A cada semana, eu peço mais mercadorias, para não ficar velho;, observa.

Com a renda das vendas, Cristiane sustenta a casa, onde mora com a mãe e a irmã, e ainda mudou o roteiro de férias em 2012 para incluir uma viagem internacional. Em vez de ir para Aracaju, como faz com frequência, visitou Paris. Achou a viagem interessante e bem diferente, mas concluiu que a terra natal é o melhor lugar. ;Eu não troco o Brasil por nada, aqui tem tudo;, diz. Não é à toa que o sustento dela vem das riquezas naturais do país.

Com sorriso tímido sempre no rosto, Cristiane recebe clientes cativos, que esperam a dia certo da semana para comprarem o tira-gosto ou o alimento da dieta. Depois de tanto tempo de experiência, ela raramente erra uma medida na hora de fechar o pacote de castanhas ou qualquer outro produto. Quando é necessário, ela faz até mesmo entregas em casa, o que ajuda a conquistar mais fregueses. É com eles que a empreendedora aprende quais são os benefícios para a saúde dos produtos que vende, o que é melhor para emagrecer ou manter uma dieta balanceada.

Formalização

Há dois anos, Cristiane fez o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e tornou-se microempreendedora, o que ajudará, principalmente, com a garantia de aposentadoria, por causa da contribuição mensal para a Previdência. E depois de tanto tempo atuando no comércio de rua, ela não pensa em fazer outra coisa e se diz satisfeita. ;É melhor trabalhar para a gente do que ser empregado dos outros.;

Capacite-se
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no DF (Sebrae-DF) oferece ferramentas on-line para ajudar os microempreendedores a planejarem o negócio. O plano de negócios serve para levantar informações e analisar a viabilidade do futuro empreendimento. Acesse pelo link bit.ly/1hFTFR4. Também está disponível no site o Acompanhei, software que ajuda o empresário a controlar as finanças. A administração de receitas e de despesas é importante e facilita a entrega da declaração anual do Imposto de Renda. Confira em bit.ly/1mQESaE.

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