Em entrevista exclusiva ao Correio, o secretário-chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais do Governo do Distrito Federal,Odilon Frazão, anunciou o Programa Brasília sem Fronteiras.O projeto proporcionará uma experiência de intercâmbio a 1,9 mil pessoas, entre 16 e 32 anos, para este e para o próximo ano.Os participantes se dividirão em quatro grupos: estudantes da rede pública de ensino, universitários, recém-formados e servidores da administração pública local.A iniciativa visa fortalecer a educação,principalmente na área de ciência e tecnologia. Na volta, os contemplados com as bolsas terãoumconjunto de atividades para repassar os conhecimentos adquiridos no exterior aos que não tiveram a mesm oportunidade . A primeira turma de intercambistas embarcará em setembro para os Estados Unidos, a Áustria e a Holanda. São cerca de 125 concluintes do ensino médio matriculados no Centro Integrado de Línguas (CIL), e 85 servidores do GDF. A seguir, os principais trechos da entrevista:
Em que consiste o Brasília sem Fronteiras?
A proposta é garantir aos jovens de 16 a 32 anos, do Distrito Federal, os mais altos níveis de excelência em educação no mundo por meio de intercâmbio e imersão cultural. Eles terão a oportunidade de conhecer uma cultura estrangeira, obter fluência em outro idioma e comparar o que os outros países têm de soluções em sustentabilidade e em inovação tecnológica. Eles poderão, ao retornar para cá, provocar uma transformação social. Acreditamos que esse programa funcionará como um catalisador de mudanças na vida não só dos participantes, mas na das famílias deles e também na da comunidade. O Brasília sem Fronteiras é inspirado no Ciência sem Fronteiras, uma iniciativa do governo federal.
Quem pode participar do projeto?
O Brasília sem Fronteiras atenderá quatro grupos de intercambistas: concluintes do ensino médio da rede pública, entre 16 e 19 anos, e inscritos no Centro Interescolar de Línguas (CIL); universitários residentes no DF, de 21 a 32 anos; os servidores públicos do Governo do DF; e os com até dois anos de conclusão do curso superior.
Quais são os critérios de seleção?
Cada grupo vai participar de um processo seletivo próprio com requisitos específicos. Mas, de forma geral, todos os níveis participarão de provas de língua estrangeira e conhecimentos gerais. Os critérios ainda serão definidos. Mas já ofereceremos entre 4 mil e 4,1 mil vagas até 2015 em etapas. A primeira fase ocorrerá neste semestre, em que serão abertas 210 vagas, das quais 125 são para estudantes das escolas públicas do DF, que estejam matriculados no CIL e participem do programa Gol de Educação. Eles irão para a George Washington University, em Washington, nos EUA, provavelmente em 19 de setembro e vão retornar por volta de 25 de novembro, ou seja, eles chegarão a tempo do Enem. Os servidores públicos ocuparão as 85 vagas restantes, e embarcarão em 5 de outubro, com destino às universidades de Angewandte e Krembs, na Áustria, e de Haia, naHolanda. Esse grupo retornará em 2 de novembro.
O que os intercambistas estudarão?
Os estudantes terão uma capacitação inicial à inovação, nos Estados Unidos. Já os servidores públicos, 20 passarão por um curso de hospitalidade para grandes eventos na Universidade de Angewandte, próximo a Viena, na Áustria. Outro grupo de 20 pessoas irá para a Universidade Krembs, onde aprenderão sobre planejamento urbano inteligente. Elas vão adquirir os conhecimentos lá e, no retorno, distribuirão os conhecimento às demais.O terceiro grupo é no Instituto de Tecnologia da Áustria, também para abordar a questão de cidades inteligentes.
Qual o prazo de inscrição?
O edital da primeira etapa deverá ser publicado em 5 de agosto, por meio do site www.internacional. df.gov.br e do Diário Oficial do DF. Os interessados que tiverem os requisitos poderão se inscrever até 15 de agosto. Acreditamos que em 18 de agosto serão aplicadas as provas de inglês e de conhecimentos gerais. Em seguida, será ministrado um curso preparatório para o intercâmbio. Os servidores cursarão 40 horas de preparatório e os estudantes da rede pública, de 20 a 24 horas.
Quanto será investido?
Até 2015, serão investidos R$ 6,7 milhões. Para 2014, teremos R$ 50 milhões e para 2015, R$ 60 milhões. Os recursos para a primeira etapa, por sua vez, já estão garantidos por meio de parceria da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF). Os estudantes terão todos os gastos custeados por meio de bolsa-auxílio nos valores de US$ 400 a US$ 1,2 mil, para umperíodo de cinco semanas. Para isso, será fornecido cartão de débito internacional aos estudantes.
Acreditamos que esse programa funcionará como um catalisador de mudanças na vida não só dos participantes, mas na das famílias deles e também na da comunidade. O Brasília sem Fronteiras é inspirado no Ciência sem Fronteiras, uma iniciativa do governo federal;