postado em 30/03/2014 13:40

A jovem é mais uma dos 2.939 estudantes de Cabo Verde selecionados nos Programas de Estudantes- Convênio de Graduação (PEC-G) e de Pós-Graduação PEC-PG) que chegaramao Brasil desde o ano 2000. O país onde Mirella nasceu é, de longe, o que mais exportou alunos às universidades brasileiras: representam 42,78% dos 6.869 africanos contemplados pela iniciativa.
Para o embaixador de Cabo Verde no Brasil, Daniel António Pereira, ciências exatas e da natureza são as mais procuradas universidades brasileiras, já que há demanda por qualificação nos setores de produção tecnológica. ;São domínios que exigem investimentos bastante expressivos em instalações e equipamentos. Dentro de nossa realidade, essas aplicações não seriam materializáveis no curto prazo ou não seriam recomendáveis do ponto de vista da sustentabilidade;, explica.
Alto custo
Apesar de o Brasil ser visto comoumEldorado para estudantes africanos, eles mesmos reconhecem que há dificuldades de se morar aqui.Os alunos de Brasília, por exemplo, queixam-se principalmente do alto custo de vida da cidade. ;É tudo muito caro aqui. Então, quando alguém é bolsista e sofre com atraso no pagamento, acaba dependendo de ajuda financeira de familiares para se manter aqui, ou nem isso;, comenta Arthur Nnang, líder da União de Estudantes Africanos. Apesar do PEC-G, há alunos que vêm à capital sem bolsas.