Trabalho e Formacao

Bolsistas do Ciência sem Fronteiras organizam protesto no Canadá

postado em 10/04/2014 15:46
Cerca de 50 estudantes participaram do atoCerca de 50 estudantes brasileiros organizaram protesto em Toronto, no Canadá, em frente à sede da prefeitura local, para reclamar da ordem de volta dada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes). Os alunos ergueram faixas em português e inglês com questionamento às autoridades brasileiras. "É para chamar a atenção dos canadenses para a falta de compromisso do governo com os próprios contratos firmados por ele", afirma a estudante Suely Assunção.

Um dos cartazes questionava: "Como retornar às atividades nas universidades brasileiras se as aulas já começaram?" O e-mail da Capes com o pedido de retorno ao Brasil afirmava que os alunos deveriam voltar às instituições de origem. Porém, na maior parte delas, as aulas começaram em março ou mesmo em fevereiro, em virtude de calendários antecipados por causa da Copa do Mundo.

Entenda o caso
O Ministério da Educação (MEC) pediu o retorno de pelo menos 110 bolsistas inscritos no programa Ciência Sem Fronteiras. As bolsas foram ofertadas por meio da Capes. Em nota, o órgão informou que esses alunos não alcançaram requisitos mínimos para a manutenção da bolsa, como histórico escolar e proficiência no idioma.

Por enquanto, serão 80 bolsistas do Canadá e 30 da Austrália. Tais estudantes fazem parte do grupo de 3.445 candidatos que foram selecionados para bolsas de estudos em Portugal, mas, após a suspensão do edital, foram realocados em outros países. Esses participantes fizeram curso de inglês nos países de destino e, depois, precisaram fazer um teste para avaliar o nível de domínio do idioma. Quem foi chamado a voltar não vai poder concluir o estágio no exterior.

[SAIBAMAIS]A notícia foi recebida com revolta e apreensão por parte dos estudantes obrigados a retornar. Bolsistas alegam que o contrato da Capes pedia seis meses de estudo até o exame de proficiência em inglês e que alguns alunos foram alertados de última hora que deveriam fazer a prova sem que o período de experiência na língua fosse completado.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação