A feira de intercâmbio Eduexpo 2015 traz informações a respeito de programas em cursos de idiomas, graduação, pós-graduação, mestrado, MBA, cursos de curta duração, técnicos, high school, trabalho e estágio remunerado fora do país. A programação prevê a realização de palestras e seminários de curta duração com diretores de instituições de ensino de internacionais e representantes de agências e órgãos de fomento. O evento, que espera um público de 5 mil pessoas, tem movimento intenso desde a abertura, às 16h desta quinta-feira (12), no Centro de Convenções Brasil 21. As atividades seguem até as 21h.
A estudante Ana Assis, 15 anos, faz o 9; ano na Brasília International School e quer ter uma experiência no exterior. "Eu quero sair do país e ir para o Canadá, porque a diversidade cultural é muito grande e há boas oportuinidades de emprego", esclarece, lembrando que a maior parte da população do canadense é idosa e o mercado de trabalho local precisa de jovens qualificados.
A mãe de Ana, Clarice Oliveira, apoia a ideia. "Minha filha quer estudar o ensino médio e a graduação no Canadá. Eu a incentivo porque é uma ótima oportunidade", ressalta, citando a facilidade da estudante na língua inglesa. A qualidade do ensino é um ponto essencial para a escolha. "Nossa família acha que o ensino no Brasil é muito ideológico e que no exterior a educação é mais complerta culturalmente".
"Recebemos muitos estudantes brasileiros. Nosso país é terceiro destino do programa Ciência Sem Fronteiras, por exemplo, com 7 mil alunos desde sua implantação", comenta Cláudia Rosa, assessora de promoção de educação da embaixada do Canadá, que tem um dos estandes mais procurados do evento.
Um dos fatores que explicam a grande demanda pelo país é o baixo custo de vida. Fazer um curso de idiomas no país pode sair por aproximadamente 2 mil dólares canadenses (R$ 4.960 pela cotação desta quinta-feira), valor atrativo quando comparado aos preços dos Estados Unidos. "A embaixada sempre procura promover o país como boa opção em feiras como esta, porque oferecemos um dos melhores sistemas educacionais e os programas também estimulam o comércio", explica Cláudia Rosa.
Pedro Lucas Torres, 23 anos, segundo semestre de física na Universidade de Brasília (UnB), visita a feira em busca de programas de graduação e pós-graduação. "A pesquisa na minha área no Brasil não é muito boa, por isso é importante estudar fora. Outra vantagem é melhorar o currículo", diz o estudante, que procura por oportunidades de estudo no Canadá, Austrália ou Japão, apesar de o último não possuir estande no evento.
O universitário, entretanto, crê que a iniciativa pode beneficar mais estudantes que ainda não ingressaram no ensino superior. "As informações disponíveis aqui são mais direcionadas para quem quer começar a graduação, não a quem já está cursando", diz. "Os esclarecimentos são básicos e generalistas, sem conteúdos muito específicos".
Sílvia Bauer, assessora de marketing da embaixada da Alemanha, representa a agência oficial de intercâmbio do país e acredita que o contato com direto com quem sonha estudar fora é a principal vantagem porporcionada pela Eduexpo. "Ter estandes em feiras como essa é importante porque este é o momento de tirar as dúvidas diretamente com os interessados. A maioria das universidades alemãs são públicas e há uma busca grande de alunos que querem fazer a graduação ou parte dela nessas insituições", analisa Silvia, informando que 4 mil brasileiros estudaram no país em 2014 com o Ciência Sem Fronteiras.
Custos
A diretora da feira Daniela Ronchetti afirma que mesmo com o preço do dólar alto, o interesse por estudar no exterior não vai diminuir entre os brasileiros. "Penso que quem já tem um planejamento não vai desistir de fazer a viagem. Nesse caso, pode ser que aconteça dos interessados mudarem o destino ou reduzirem a duração do curso", opina. "O Brasil é o principal mercado da América Latina de intercâmbio pois é o que mais manda estudante para fora. As escolas do mundo inteiro sabem disso e vem para o recrutar alunos para estudar, o que aumenta a oferta de programas de estudo. Por isso, hoje está muito mais barato fazer um curso no exterior", completa a diretora.