postado em 18/10/2015 21:12
Os que desejam conseguir um posto no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) devem intensificar o ritmo de estudos: o edital já foi lançado. São 80 vagas imediatas e formação de cadastro reserva. As oportunidades de nível médio são para o cargo de técnico judiciário nas áreas administrativa (35), apoio especializado em enfermagem (1) e programação de sistemas (1). Já chances de nível superior são para analista judiciário e estão distribuídas nas especialidades de análise de sistemas (1), biblioteconomia (1), psicologia (1), suporte em tecnologia da informação (1), medicina nos ramos de clínica médica (1), ginecologia-obstetrícia (1), neurologia (1), pediatria (1), psiquiatria (1), dentística (1), judiciária (31) e judiciária com especificidade em oficial de justiça avaliador federal (2). Todas as posições são para atuar no Distrito Federal.Para concorrer a um dos cargos de analista judiciário, é necessário ter concluído curso de graduação na área de atuação, ou ter diploma de nível superior em qualquer curso acrescido de certificado de pós-graduação em ciência da computação e tecnologia da informação para as especialidades de análises de sistemas e suporte em tecnologia da informação, respectivamente. Os cargos nas áreas de biblioteconomia e psicologia exigem registro no conselho regional de cada categoria; e os do campo médico requerem certificado de residência médica no ramo de atuação. Os que vão disputar uma vaga de nível médio devem ter ensino médio completo; curso profissionalizante de auxiliar de enfermagem ou cursos de programação de sistemas são pré-requisitos para os que desejam trabalhar nas áreas de enfermagem e de programação de sistemas, respectivamente. Os salários são de R$ 5.425,79 para nível médio e de R$ 8.863,84 para nível superior. O prazo para inscrições começa na quinta-feira (22) e termina em 8 de novembro.
[SAIBAMAIS]Dedicação
Num cenário com escassa oferta de vagas de concurso, a seleção do TJDFT é uma grande oportunidade e promete ser disputada. Portanto, dedicar-se é primordial. É o que explica Aragonê Fernandes, professor de direito constitucional do IMP Concursos. ;Já seria uma boa chance antes da crise porque o órgão, além de ser um bom local para trabalhar, costuma chamar muitos candidatos para nomeação. Agora, torna-se uma oportunidade excelente;, afirma. Ele destaca a importância da parte de direito constitucional para os que vão concorrer a uma vaga da área judiciária. ;O candidato que estuda bem essa disciplina acaba acertando muitas questões de direito administrativo, penal e de processo penal;, aponta. Ele ainda dá a dica: ;O Cespe (Centro de Seleção e de Promoção de Eventos) tem trazido diversas questões que abordam situações ligadas a julgamentos recentes dos tribunais superiores. O examinador espera que o candidato responda de acordo com o que foi julgado.;
Natália de Souza Alcântara, 23 anos, terminou a graduação em direito em 2014 e, desde então, espera pelo concurso do TJDFT e deseja conquistar uma vaga de técnico judiciário. ;O que mais me atrai é que é um local onde vou poder trabalhar com os assuntos que vi na faculdade, como processos jurídicos;, diz. Ela estuda 10 horas por dia, incluindo os fins de semana. ;Caso eu tenha dúvidas na hora da responder os exercícios, recorro aos códigos e, se não compreendo a legislação, busco a explicação em livros de doutrina;, conta. ;Fico muito tempo em casa ou no curso, estudando. Acredito que será uma prova complicada, mas me sinto bem preparada e confiante para passar e conquistar a estabilidade;, revela.
Entenda o concurso
A seleção é formada por provas objetivas ; com 50 questões de conhecimentos básicos e 70 de específicos ; e discursiva. Entre os conteúdos básicos estão língua portuguesa, ética no serviço público, atualidades, noções de informática (exceto para os cargos nas áreas de análise de sistemas, suporte em tecnologia da informação e programação de sistemas), noções de língua inglesa (somente para as funções nos ramos de análise de sistemas, suporte em tecnologia da informação e programação de sistemas). As matérias específicas variam conforme o posto. A prova discursiva consiste na redação de texto dissertativo de até 30 linhas sobre temas relacionados aos conhecimentos específicos do ramo de atuação do candidato.
A fim de otimizar a preparação em língua portuguesa, o professor do Ifar Vítor Barbosa indica a divisão dos conteúdos em três grupos. ;No primeiro, o candidato deve estudar as regras gramaticais, como análise sintática, pontuação e crase; no segundo, deve focar nas regras de construção das palavras, na parte ortográfica, de acentuação e no acordo ortográfico; e no terceiro, interpretação e significação de expressões documentais, além de pronomes de tratamento.; O professor ressalta que, apesar de o edital deixar claro que aceitará a ortografia antiga na redação, ;isso não significa que as questões da prova não cobrarão as mudanças trazidas pelo acordo;, avalia.
Professor de noções de informática no Alub, Henrique Barbosa Sodré indica tópicos que não podem ser deixados de lado. ;Na parte do Windows, é preciso conhecer o painel de controle e o Windows Explorer; já em de segurança de informação, estude os códigos maliciosos. É importante também revisar as fórmulas do Excel;, indica. Ele explica que a abordagem do Cespe para itens da matéria é mais direta e pouco contextualizada. ;Para compreender os pontos relacionados aos programas, é primordial resolver as últimas provas, com computador à frente, para se familiarizar com as plataformas e sanar dúvidas. Já os conteúdos teóricos exigem leitura de apostilas e livros didáticos;, orienta.
O que diz o edital
Concurso público para cargos de técnico judiciário e analista judiciário do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
Inscrições: de quinta-feira (22) a 8 de novembro pelo site www.cespe.unb.br
Taxas: R$ 95 (analista judiciário) e R$ 65 (técnico judiciário)
Vagas: 80 vagas imediatas e formação de cadastro reserva
Salários: R$ 8.863,84 (analista judiciário) e R$ 5.425,79 (técnico judiciário)
Provas: 20 de dezembro (de manhã para nível superior e à tarde para nível médio)
Local de prova: Distrito Federal
Passe bem
Língua portuguesa
O vocativo adequado, na elaboração de expediente oficial dirigido ao emitente da comunicação em apreço, seria ;Digníssimo Senhor;, seguido do nome do cargo correspondente.
Comentário
Item errado. Concursando, fique atento ao que realmente interessa na questão. O texto é confuso, mas o erro está claro. Veja o que estabelece o Manual de Redação Oficial da Presidência da República: ;Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo (DD) [...]. A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação.;
Questão retirada do concurso do Superior Tribunal de Justiça para cargos de analista judiciário e de técnico judiciário, realizado em 2015, comentada pelo professor de língua portuguesa Vítor Barbosa.