Otávio Augusto
postado em 07/12/2015 17:15
Olhares atentos, mãos suando e muita pressa. O domingo, marcado pela ansiedade dos alunos do 1; ano do ensino médio, ficou reservado à realização da primeira etapa do Programa de Avaliação Seriada (PAS I). Ontem, 23.039 inscritos tiveram cinco horas para responder as questões e redigir a redação com o tema ;A importância da cultura negra na formação do Brasil;. O índice de abstenção chegou a 8,7%. Isso representa pouco mais de 2 mil candidatos. Em dois anos, recuou 3,75%. No ano passado, a taxa chegou a 14,62%, ou cerca de 4,2 mil pessoas do universo de 28 mil inscritos. O resultado oficial das provas será divulgado em 15 de abril, para quem realizou o PAS II, e no dia 20, àqueles que participaram da fase inicial. Os gabaritos preliminares do teste de conhecimentos serão publicados amanhã, no site www.cespe.unb.br/pas, a partir das 19h.
Alguns problemas ocorreram durante a aplicação das provas ontem. O estudante Gustavo Silva, 18 anos, esqueceu a carteira de identidade. A coordenação do local de prova, uma faculdade particular da 712/912 Sul, autorizou que ele aguardasse até a chegada dos familiares com a carteira de trabalho dele. ;Disseram que eu poderia ficar, mas que eu teria um tempo menor de prova. Mas, quando fecharam os portões, um segurança mandou eu sair;, contou o morador da Asa Norte. Contudo, uma estudante na mesma situação aguardou a mãe chegar com o documento, por volta das 13h40, e fez a prova normalmente. Outro candidato perdeu a carteira de identidade, porém, levou um documento da Polícia Civil. Mesmo assim, não conseguiu realizar o exame.
Os percalços atingiram também os candidatos que pediram local de prova adaptado para portadores de necessidades especiais. O estudante João Brígido, 16 anos, solicitou mesa adequada e acompanhante, pois não consegue se locomover sozinho para ir ao banheiro, por exemplo. Mas ele não teve a assistência. A mãe do rapaz, Maria Luíza Brígido, 50, contou que uma mesa foi improvisada, mas não havia fiscal para acompanhá-lo.;É um direito dele. Pedimos tudo certinho, enviamos o laudo médico e não funcionou. Fui ao Cebraspe para me informar melhor e eles disseram que, qualquer problema, a coordenação da prova resolveria, mas não foi o que aconteceu;, reclamou a moradora da Asa Sul. Outra mãe tinha queixa similar. ;Eu solicitei tudo e o pedido foi confirmado.;