postado em 12/01/2016 11:37
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse ontem que o governo estuda a separação de provas para os alunos que querem apenas a certificação no ensino médio dos que querem concorrer a uma vaga na universidade. Dos pouco mais de 6 milhões que prestaram provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no ano passado, 800 mil tinham objetivo de obter o diploma e os demais 5,2 milhões eram candidatos às universidades.
[SAIBAMAIS]A dificuldade de mudar o sistema, de acordo com o ministro, é que muitos estudantes que, a princípio, querem apenas o diploma de conclusão daquele ciclo escolar, depois acabam usando a mesma nota do Enem para acessar o ensino superior, sem precisar de nova prova.
Em caso de separação das provas, o aluno precisaria se submeter a novo exame. Mas o ministro entende que o método precisa ser alterado. ;O sarrafo não é adequado;, comentou, ao explicar que não seria preciso que todos se submetessem à mesma prova, já que, muitas vezes, o aluno se submete ao Enem para certificação de apenas uma ou duas disciplinas e não para todas as matérias.
;A dificuldade é exatamente fazer um exame que contemple as duas pontas, que certifique bem e permita um bom acesso à universidade;, disse, acrescentando que o objetivo é sempre aprimorar mais o exame, a segurança do sistema. ;Precisamos analisar se, de fato, para a certificação, o Enem é adequado, ou se precisa mudar.;
Mercadante lembrou que, hoje, Enem, certificação, Financiamento Estudantil (Fies), Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Programa Universidade para Todos (ProUni), Ciência sem Fronteira (CsF) são feitos usando os mesmos critérios. ;É muito difícil você assobiar e chupar cana ao mesmo tempo, ou seja, é muito difícil ter um exame que dê conta das duas coisas;, disse Mercadante.