Trabalho e Formacao

A dona da Kasa Chique

Sem experiência ou conhecimentos na área, brasiliense abriu escola de culinária. Hoje, atende 300 alunos por mês e garante diversas vendas em loja de utensílios de cozinha

Ana Paula Lisboa
postado em 17/01/2016 13:16

Grávida pela primeira vez, o que Mariana mais gosta na empresa é se ocupar com a parte de gestão

Um mix de loja de utensílios de cozinha e escola de gastronomia e capacitações para empregadas domésticas, a Kasa Chique se tornou referência na capital federal. A instituição existe há nove anos e, dois anos depois de abrir as portas, chegou à internet com uma loja virtual. ;O forte são os cursos de culinária ; temos desde rápidos até avançados e mais de 100 temas. Há três anos, oferecemos também capacitações em confeitaria. As aulas para domésticas, muito originais, são procuradas por patroas e profissionais, pois são acessíveis;, conta a proprietária, Mariana Rollemberg.


Ela recebe 300 alunos por mês. A procura sempre foi boa, mas, no passado, a empresária não tinha a estrutura necessária para oferecer tantos cursos. A onda gourmet ajudou a impulsionar a instituição. ;Há tantos programas de tevê sobre isso, que as pessoas têm explorado mais essa vontade de aprender pratos variados e possuir utensílios melhores.; A instituição abriu as portas, primeiramente, na 406 Norte e, em 2010, mudou para a 102 Norte, num espaço de 270m;. ;No começo, a loja era apenas on-line. Eu tinha só estoque para encomendas. No entanto, os alunos queriam sair da aula e já comprar. Por isso, a mudança foi importante. Juntei a escola com a loja física, em que ofereço mais de 5 mil itens.;


A ideia atraiu mais clientes. ;Temos um movimento muito bom de alunos e do pessoal gourmet, que adora cozinhar. Também oferecemos uma linha corporativa para bares, hotéis e restaurantes com preços competitivos;, diz. Listas de presentes para casamentos, que incluem, além de acessórios de cozinha, cursos de culinária, têm feito sucesso entre noivos em Brasília.
Estrutura

Para dar conta do trabalho, a brasiliense tem 14 empregados, além de 18 chefs e instrutores de cozinhas. ;A rotatividade é baixa, e os novos contratados passam por treinamentos para ficarem com a cara da empresa.; Completam o time colaboradores eventuais, como Mara Alcamim, Francisco Ansiliero e outros mestres da área. Ouvir os clientes é um dos segredos para melhorar constantemente. ;Tanto em pesquisa quanto no contato direito, estamos de olho no que eles querem aprender ou comprar;, resume. Mariana atribui o sucesso a muita dedicação, envolvimento e ao fato de sentir prazer no que faz.

Virada na carreira

;Eu não sou da gastronomia, sou da gestão;, afirma Mariana. Quem vem à Kasa Chique não imagina que a dona do negócio não é da área de culinária: ela construiu uma carreira de oito anos como gestora de recursos humanos e gerente comercial em multinacionais em Brasília, Goiânia e Belo Horizonte, além de ter sido consultora do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em RH. No entanto, a grande paixão dela era administrar. A primeira experiência com empreendedorismo foi em parceria com o pai: um criadouro e abatedouro de aves exóticas, que durou seis anos. ;Quis sair dessa área e fiz um plano para abrir um negócio.;


A ideia inicial era lançar uma escola de capacitação de empregadas. ;Fiz uma pesquisa com 100 pessoas e 99% apontaram que, além dos cursos para domésticas, eu devia oferecer aulas de culinária. Refiz meu plano e fui atrás de parceiros que tivessem estrutura de cozinha.; A brasiliense comprou uma escola de gastronomia que estava passando o ponto. ;Levei meu projeto para lá e comecei do zero, sem experiência. Deu certo porque eu planejei muito antes e pesquisei. Encontrei o Percival Maricato, alto consultor do ramo, numa feira em Brasília na semana em que estava decidindo se compraria ou não a loja. Tive a audácia de pedir para conversar com ele. Ele falou algo que eu nunca esqueço: a base de um negócio, em culinária, é gestão; a parte técnica é possível contratar.; A conversa deu à Mariana a certeza de que não estava apostando errado.


;Hoje, meu negócio é prova disso. Fiz vários dos cursos oferecidos na escola para validar a metodologia, mas a gente não dá conta de ser bom em tudo. Tenho orgulho de ter uma equipe técnica muito boa. Eu fico com a gestão, que é o que me dá brilho nos olhos;, finaliza.

Para saber mais, acesse: ww.kazachique.com.br

Na estante


Sem experiência ou conhecimentos na área, brasiliense abriu escola de culinária. Hoje, atende 300 alunos por mês e garante diversas vendas em loja de utensílios de cozinhaWhat to say when...?: o que dizer em inglês em importantes situações de comunicação cotidiana
Autor: José Roberto A. Igreja
Editora: Disal editora
176 páginas
R$ 59,50


Prático e objetivo, o livro aborda situações de comunicação cotidiana para quem deseja consolidar vocabulário, expressões e frases usuais empregados em inglês em temas como relacionamentos, lazer, ligações telefônicas. O CD de áudio que acompanha o livro apresenta os diálogos apresentados no início de cada lição gravados por locutores falantes nativos de inglês, além de frases usuais e exercícios de compreensão auditiva.

Sem experiência ou conhecimentos na área, brasiliense abriu escola de culinária. Hoje, atende 300 alunos por mês e garante diversas vendas em loja de utensílios de cozinhaO novo direito do trabalho doméstico
Autor: Antonio Umberto de Souza Júnior
Editora: Saraiva
288 páginas
R$ 82


Escrito por Antonio Umberto de Souza Júnior, coordenador acadêmico do curso de especialização em direito e processo do trabalho do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), analisa o regime jurídico dos empregados domésticos no Brasil, alterado pela Emenda Constitucional n; 72/2013 e pela Lei Complementar n; 150/2015. Uma obra atual e útil para juristas, estudantes, contadores, concurseiros e demais interessados.

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