Trabalho e Formacao

Família empreendedora

Casal é dono de rede de pizzaria populares na Asa Norte, Sudoeste, Águas Claras e Samambaia. A marca, entre unidades próprias e franquias, conta com 17 lojas

Ana Paula Lisboa
postado em 04/09/2016 10:37

Alexandre entre os pais, Mônica e Alex

Quem diria que uma das pizzarias de preço popular mais famosas do Distrito Federal teria nascido como uma loja de cosméticos? Essa é a história da Nathely (saiba mais em www.pizzarianathely.com.br), aberta primeiramente em 17 de maio de 2005 na 104 Norte e, hoje, presente em 17 endereços no Distrito Federal, Goiás (Goiânia e Anápolis) e Minas Gerais (Belo Horizonte). Os fundadores, Antônio Alexandre Alvim, 55 anos, ; conhecido como Alex ; e Mônica Salete Silva Alvim, 49, cuidam da fábrica em Samambaia, que conta com 20 funcionários; enquanto o filho deles, Alexandre Alvim, 25, se responsabiliza pela gerência das unidades próprias da família, localizadas na 107 Norte, no Sudoeste, em Águas Claras e em Samambaia. As demais lojas funcionam em formato de franquia. A maior parte delas têm, em média, 15 funcionários cada uma.

No começo, o casal trabalhava mais de 12 horas por dia. Hoje, a carga é mais equilibrada. ;Até conseguirmos ter funcionários confiáveis, tivemos muitos problemas;, explica Mônica. A situação também se tranquilizou depois que os pais passaram o bastão das lojas para Alexandre, há seis anos. ;Ele é ambicioso, trabalha conosco desde novinho e estava pronto.


Os três resumem o segredo de sucesso da empresa em achar e treinar bons funcionários, vontade de trabalhar e dedicação, além de ingredientes de qualidade, em abundância. ;Não compramos uma marca diferente porque está mais barata, pois isso afeta o produto final. A concorrência afeta o negócio, pois as pessoas querem conhecer outras opções, mas muita gente volta, por gostar da nossa massa, do nosso molho e da nossa fartura nos recheios;, diz Mônica.
O resultado é uma massa sequinha e meio crocante, pronta para ser coberta por calabresa, tomate e manjericão e uma diversidade de outros sabores. A família não quis dizer quantas pizzas vende, tampouco o faturamento, mas informou que, para suprir a demanda das 17 unidades da Nathely ; que oferecem 35 sabores, dos quais 10 são doces ;, são usadas 15 toneladas de farinha; produzidas 70 mil massas de pizza e 9 mil litros de molho por mês. Como tudo é feito sem deixar cair o padrão, a receita para manter um preço acessível é vender bastante. Entre as dificuldades da jornada empreendedora, os empresários elencam a carga tributária ; inclusive das leis trabalhistas ;, a dificuldade de recrutar bons funcionários.

História empreendedora
Antônio Alexandre Alvim, ou Alex, vê, no empreendedorismo, um traço intrínseco à sua personalidade. ;Sempre quis ter um negócio e autonomia para trabalhar do meu jeito. Até os 15 anos, trabalhei numa loja de fotos no Conjunto Nacional, e deu para perceber que não nasci para ter chefe ou patrão. É o mesmo perfil dos meus quatro irmãos;, percebe. Aos 16, ele abriu o primeiro negócio próprio: uma loja de revelação de fotos, na 107 Norte. A iniciativa durou cinco anos. ;No cinefoto, não investi em revelação digital e fui ficando para trás. Foi um erro, se tivesse acompanhado a modernidade, teríamos crescido muito;, percebe. A trajetória trouxe aprendizados aplicados na empreitada seguinte, a loja de cosméticos Nathely, aberta com a esposa Mônica Salete Silva Alvim na mesma quadra. O título foi uma junção dos nomes das duas filhas ; Nathalia, 27, e Michely, 31.


O ramo da beleza foi escolhido por influência dos irmãos de Alex, proprietários da Rede dos Cosméticos. Em oito anos de negócio, o casal abriu unidades em Ceilândia, Samambaia e Núcleo Bandeirante. Com o tempo, porém, as vendas caíram. ;Deixamos muito as lojas nas mãos de funcionários;, admite Alex. Além desse fator, mudanças do mercado influenciaram o declínio. ;Antes, as farmácias não vendiam tanto cosméticos e passaram a apostar nisso. Houve um boom dos produtos de beleza, então o ramo ficou mais disputado;, rememora Mônica. O patriarca da família decidiu mudar de ramo depois de assistir a um programa de TV sobre pizzas. Daí para fechar a loja de cosméticos e abrir uma pizzaria não demorou muito. ;A ideia era fazer uma pizza barata, em que, ao vender duas, eu lucrasse o mesmo tanto que um estabelecimento tradicional ganha ao comercializar uma. E deu certo! Crescemos com bons funcionários, uma massa muito boa e ingredientes de qualidade;, explica Alex.


A primeira unidade foi aberta na 104 Norte até se mudar para a 107 Norte depois de dois anos. ;Esse primeiro tempo foi um sofrimento total. Na segunda loja, estourou! Cresceu muito rápido;, conta Alex. ;Na primeira loja, só entregávamos pizzas ali por perto, pois eu distribuía as pizzas, a pé mesmo. Depois, no segundo endereço, o serviço de entrega e deu certo. Acho que isso é um dos fatores que fez com que desse certo: até hoje 70% das nossas vendas são por delivery;, observa Alexandre, o filho do casal. O formato de franquia também veio por acaso. ;Nada foi programado. A ideia da Nathely não era essa, mas irmãos meus viram que a empresa era um sucesso e se interessaram pela marca;, conta Alex.

Na estante

Casal é dono de rede de pizzaria populares na Asa Norte, Sudoeste, Águas Claras e Samambaia. A marca, entre unidades próprias e franquias, conta com 17 lojasO milagre da manhã: o segredo para transformar sua vida (antes das 8 horas)
Autor: Hal Elrod
Editora: Record
196 páginas
R$ 29,90
Depois de ser atingido por um motorista bêbado e de ouvir de um médico que nunca mais andaria, hoje ele é corredor de ultramaratonas, pai, marido, empreendedor e palestrante motivacional. No livro, ele ensina um método para que cada um explore o próprio potencial (ilimitado) adotando técnicas matutinas, que incluem exercícios, leitura, silêncio, visualizações e escrever um diário. Tudo isso acordando um pouco mais cedo para focar no seu desenvolvimento.

Casal é dono de rede de pizzaria populares na Asa Norte, Sudoeste, Águas Claras e Samambaia. A marca, entre unidades próprias e franquias, conta com 17 lojasCatadores de materiais recicláveis
Organizadoras: Fernanda Lira Goes e Bruna Cristina Jaquetto Pereira
Editora: Ipeia
562 páginas
Disponível on-line gratuitamente em bit.ly/2bmWGwB
O livro, iniciativa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) tem como objetivo discutir as políticas públicas relacionadas à reciclagem no país envolvendo a perspectiva dos profissionais do ramo. Além dos autores e organizadoras da obra, o público confere relatos de Douglas Moreira da Silva e Armando Octaviano Júnior, catadores de materiais recicláveis.

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