Trabalho e Formacao

Duas semanas para o Enem

O exame nacional está cada vez mais próximo. Candidatos devem se concentrar na resolução de exercícios e no controle da ansiedade. Locais de prova já estão disponíveis

Pedro Azevedo Silva - Especial para o Correio
postado em 20/10/2016 06:00

Wesley Aquino (oculos), Lucas Xavier (boné) e Helber Santos, alunos do Colegio Setor Leste, se preparam para o Enem

A duas semanas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016, mais de 8,6 milhões de brasileiros aguardam a avaliação que pode dar acesso a universidades, institutos federais, bolsas no programa Ciências sem Fronteiras ou financiamento estudantil. As provas estão marcadas para 5 e 6 de novembro e, segundo especialistas, é o momento de se dedicar à resolução de problemas e a controlar a ansiedade.

Para essa reta final, o coordenador geral do colégio Pódion, George Gonçalves, orienta os candidatos a reduzirem o ritmo de leitura de conteúdos. Segundo ele, por meio da resolução de exercícios, os candidatos podem identificar os conteúdos que mais precisam revisar. ;Também se deve direcionar o tempo de estudo para questões que tenham maior peso para o curso pretendido;, alerta.

[SAIBAMAIS] Ele lembra ainda que o Enem é uma prova longa ; são 180 questões, em dois dias de avaliação. Por isso, destaca que é importante se adaptar às condições da prova. Uma das diferenças entre a preparação para o Programa de Avaliação Seriada (PAS) e o vestibular da Universidade de Brasília (UnB) é que, nessas duas avaliações, o aluno pode estudar com calculadora, porque é permitido na prova. Já no Enem, o uso não é autorizado. O aluno pode ter dificuldade se deixar para abrir mão desse recurso só na hora da prova.

Outro ponto importante é checar o local de prova com antecedência. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou os dados ontem. O endereço em que se fará o exame deve ser consultado pelo site.

Equilíbrio
Com relação ao preparo emocional, a palavra-chave é autocontrole, de acordo com a professora Regina Pedroza, do Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento da UnB. Para ela, o candidato não deve ficar desesperado pelo que não estudou, mas acreditar no que sabe. ;Deve-se estar concentrado, mas tranquilo. Não se deve querer apreender o que deveria ter sido aprendido ao longo do ano;, orienta.

Nesse sentido, o estudante Helber Santos, 17 anos, do Centro de Ensino Médio Setor Leste, é exemplo. ;O que tinha de fazer já foi feito. Estou só revisando e resolvendo exercícios. Tive de tirar algumas das minhas atividades da grade para focar no estudo;, diz.


O estudante Wesley Aquino, 18, pretende, com a nota do Enem, cursar engenharia mecatrônica. ;É uma etapa muito rápida, são três anos para decidir o que você quer e o que vai exercer. Tenho feito um cursinho oferecido pelo governo, que tem me ajudado muito;, disse. Lucas Xavier, 18, também do CEM Setor Leste, confia na conquista da vaga para geografia ou relações internacionais. ;Há escolas privadas que têm aulas aos sábados ou domingos, o que faz diferença. Mas há formas de se reduzir essa lacuna. Ela ainda é grande, mas estamos diminuindo cada vez mais.;

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