Confira depoimento dos donos em vídeo
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Quem entra em uma das três lojas da Biruta ; na 211 Sul, na 205 Sul ou no Centro Comercial Gilberto Salomão, no Lago Sul pode visualizar belas roupas femininas, em diversas cores e modelos, atualizadas com as últimas tendências. O ambiente glamouroso, no entanto; esconde uma fórmula de muito esforço. ;No começo, chegamos a trabalhar até 16 horas por dia;, conta Cláudio Costa Segredo, 52 anos, sócio da marca com a esposa, Regina Cláudia Padilha Segredo, 52. O negócio nasceu como uma loja de ponta de estoque no Lago Sul em setembro de 1993. ;Até o nome da Biruta ficar mais forte, por exemplo, mudávamos o visual da loja a cada coleção. Trocávamos cores, móveis, material gráfico, uniforme dos colaboradores; Tudo! Isso dava muito trabalho;, afirma o gaúcho de Porto Alegre.
No início, a carga era mais pesada, mas a rotina continua sendo de muita dedicação. Afinal, eles têm uma demanda grande para atender. A cartela de clientes cadastrados está na casa dos 20 mil e, durante o ano, cerca de 10 mil circulam pelas lojas. Para dar conta do recado, são 30 funcionários. ;A mão de obra é a parte mais desafiadora. Por mais que as pessoas digam que precisam trabalhar, é difícil achar gente interessada de fato;, percebe Regina. Com o objetivo de capacitar e inspirar a equipe, os donos oferecem incentivos por resultados e horário de trabalho reduzido durante a semana, além de promoverem palestras de motivação duas vezes por ano e treinamentos de estilo e moda quatro vezes por ano. ;Investir na mão de obra nos dá um pouco mais de folga, mas trabalhamos bastante;, pondera a paranaense que mora em Brasília desde os dois anos. Os donos percebem que há uma fidelidade alta por parte da freguesia.
;As vendedoras têm bastante intimidade com as compradoras. Tem cliente que traz até bolo no dia do aniversário da funcionária. É por isso que muita gente vinha solteira e, hoje, vem com os filhos;, comemora a administradora. Peças novas chegam às lojas a cada semana. Apesar de o casal estar satisfeito com o crescimento, a crise impacta as vendas. ;Cortarmos custos na produção. Enxugamos a quantidade de peças, a nossa margem de lucro ; que é de cerca de 6% ; e negociamos com fornecedores;, revela o engenheiro civil. ;Mesmo na recessão, conseguimos ter crescimento no ano passado.;
Entre os fatores que contribuíram para o sucesso da Biruta (saiba mais em birutabsb.com.br) ao longo de 23 anos, o casal cita o fato de terem sido a primeira ponta de estoque de Brasília, de terem começado numa casa no Lago Sul, de oferecerem sempre produtos novos, de boa qualidade e o preço mais acessível possível. Também interferem o estilo da roupa, o bom atendimento e um eficiente controle de estoque. ;Além disso, a gente trabalha de fato. Somos donos muito presentes;, afirma Regina.
Entre os conselhos para interessados em abrir um negócio, estão trabalhar com aquilo de que se gosta, perseverar e trabalhar muito. Pais de um jovem de 20 anos, a dupla chegou a vender peças masculinas e a ter cinco unidades, mas fecharam para trabalhar com mais organização. ;Recebemos vários convites de shopping para abrir lojas e estávamos pensando em ampliar, mas, na crise, preferimos aguardar um pouco mais;, conta Regina.
Memória
Regina e Cláudio se conheceram em uma das viagens dela ao Nordeste, enquanto ele trabalhava em Maceió como engenheiro. Há 28 anos, os dois começaram a namorar a distância. Três anos depois, se casaram e foram morar em Blumenau (SC), mas Regina não se adaptou. ;Voltamos para Brasília com a ideia de abrir uma loja;, conta Cláudio. ;Sempre gostei de moda e só trabalhei com isso na vida. Meu primeiro emprego foi em loja. Quando moramos em Blumenau, eu comprava peças em malharias para revender. Por isso, o interesse nessa área;, conta Regina.
;Meu pai emprestou a garagem para abrirmos o negócio. No início, éramos quatro sócios: eu e o Cláudio e dois irmãos meus, que saíram da sociedade há muito tempo.; O nome da marca remonta a esse tempo. ;Quando estávamos em lua de mel, em Búzios, vimos muitas birutas (marcador do vento). Como abrimos a loja numa casa que era perto do Aeroporto, resolvemos colocar esse nome e instalar uma biruta no telhado;, recorda Cláudio. ;Era uma forma de mostrar para as pessoas que a loja ficava ali;, rememora Regina. ;Eu precisei sair da engenharia e passar a cuidar da administração da empresa;, revela ele.
O grupo trabalhou sem empregados durante um ano, até começar a contratar vendedoras. A temporada na casa da família, na QI 5 do Lago Sul, durou dois anos, até abrirem a primeira loja, na 211 Sul. ;O crescimento veio por meio do boca a boca e deu muito certo. Eu não tinha domingo ou feriado, era uma loucura;, conta Regina, sobre um período de intenso trabalho. Em 1997, eles passaram a produzir peças próprias, em contato com as três fábricas com as quais os dois trabalharam desde o início do negócio, localizadas em São Paulo. ;O pessoal pedia para trazemos coleção, então fomos atender o desejo dos clientes;, conta Cláudio. A partir de 2000, a loja passou a trabalhar exclusivamente com peças próprias. A idealização é toda da Regina, e o desenho, a modelagem e a produção são feitos em São Paulo, para onde ela viaja todo mês. ;Estou sempre de olho nas tendências, escolho os materiais, os acabamentos as técnicas, os modelos.;