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Quando se conheceram, em 2008, Fabiany Damasceno, 41 anos, e Eduardo Teixeira de Macedo, 44, atuavam em ramos diferentes. Ela trabalhava com roupas e calçados. Ele, com mergulho. ;Foi amor à primeira vista. Éramos os dois empresários, então nos demos superbem;, relata Eduardo. Depois de se casarem, ansiavam unir esforços em um projeto conjunto. Apaixonados por empreendedorismo e culinária, não demoraram a idealizar o Ristorante Limoncello, aberto há quatro anos. Localizada na 402 Sul e com 29 funcionários, a casa tem cardápio italiano com conceito contemporâneo. ;Temos um grande carinho pelo Sul da Itália e pelo licor de limão produzido lá, por isso resolvemos dar esse nome;, explica Eduardo.
;A culinária italiana é nossa favorita! Em todas as nossas viagens, inauguramos e terminamos num lindo, romântico e descolado restaurante italiano;, observa Fabiany. O romantismo também está presente na empresa aberta por eles, que recebe 1 mil clientes por semana. ;A maior parte das pessoas vêm à noite porque é um espaço bem romântico;, observa Eduardo. O segredo para a ideia dar certo, segundo Fabiany, é o carinho. ;Faço tudo como se fosse para mim ou minha casa. Não economizamos em amor, ingredientes, louça, móveis... Os clientes percebem. O conceito é do restaurante que eu gostaria de ir em Brasília. Certamente, se não fosse a dona, seria habitué.;
Outro fator também ajudou a empreitada a engrenar. ;Estamos sempre presentes. Isso faz toda a diferença;, comenta Eduardo. O casal adotou a empresa como parte da família. ;Adiei tanto o projeto filhos que tive problemas para engravidar. Acho que nosso bebê se chama Limoncello e tem quatro anos... (risos);, brinca Fabiany. A preparação para o ;nascimento; do restaurante foi quase como uma gestação. ;Ficamos seis meses esperando pelo ponto certo;, relata Eduardo. Em seguida, Fabiany trabalhou na decoração para criar um espaço elegante, mas com o aconchego de uma casa.
Gestão compartilhada
Dentro do Limoncello, a dupla se divide: o marido cuida da administração financeira e a mulher se encarrega da decoração e da supervisão da cozinha. Os conhecimentos sobre empreendedorismo ajudam, mas abrir um restaurante sem experiência de cozinha é um desafio. As dificuldades foram superadas com prazer. ;Além de vinho e restaurante serem nosso programa favorito, também amo cozinhar. Sou nerd, então estudo tudo. Eu me desfiz de todos os livros de direito e, hoje, minha biblioteca é basicamente de livros de culinária e vendas;, explica Fabiany, que é advogada. ;Os pratos sempre passam pelo meu crivo. No início, muitas receitas eram de minha autoria e, aos poucos, o Limoncello foi reformulado. Nosso chef, Wilian Mateus, muito criativo, muda quase todo o menu a cada três meses;, explica. A gestão orçamentária no ramo de alimentação é complicada. ;Demorou três anos para começar a dar lucro. A gente erra muito no início;, comenta Eduardo.
;A maior dificuldade foi conseguir acertar as contas: há grande sazonalidade dos produtos e dos preços. É preciso colocar tudo na ponta do lápis e controlar bem;, diz. A crise política e econômica também trouxe efeitos colaterais. ;Estávamos acostumados a atender políticos, mas, desde a confusão do governo Dilma antes do impeachment, isso acabou: eles não querem mais aparecer por aí. Então o perfil dos nossos frequentadores passou a ser principalmente de funcionários públicos;, conta. ;O grupo a que atendemos não sofre tanto com a recessão porque estamos numa cidade em que as pessoas têm dinheiro, mesmo assim, houve diminuição do movimento.; Apesar das dificuldades, o casal diz estar feliz com o crescimento obtido e cogita abrir outro negócio na área de alimentação a partir de 2018.
Clientes
Atender as vontades dos frequentadores é prioridade para o casal. ;Lidar com nossa clientela é um prazer. Receber os clientes ou mesmo ficar numa mesa observando tudo faz parte do nosso dia a dia. Observar se comem o prato todo, ouvir aquele ;hummm; após a primeira garfada, a troca de garfos entre os casais... É pura alegria!”, revela Fabiany. ;Claro, também fico atenta a detalhes de ponto da carne, vejo se gostaram do prato e da sobremesa. Escutar os clientes é muito importante. Afinal, são eles os nossos chefes. Cada um que senta no Limoncello paga nosso salário e de toda a equipe. Essa é a alma do negócio;, define. ;Estamos sempre lá e muitos dos frequentadores viraram amigos;, completa Eduardo. Mesmo com o passar do tempo, a atenção à freguesia não pode esvaecer, pois é um desafio atender um público exigente. ;O excelente hoje pode ser o bom de amanhã;, pondera Fabiany.
Tradição
Nenhum dos dois têm origens itálicas, mas os laços com o empreendedorismo são bem marcados. ;Sou empresário desde novinho, sempre mexi com comércio. Além disso, meu pai foi dono de um restaurante italiano que fez sucesso em Brasília há muitos anos e, na adolescência, eu ficava na cozinha e ajudava a fazer profiteroles;, lembra Eduardo. ;Vim de uma família de empresários e sempre trabalhei com o mercado de luxo, desde os 16, com meus pais numa franquia da marca de roupas Lacoste, depois na Capodarte, de calçados;, rememora Fabiany. Para conseguir dar total atenção ao negócio, o casal optou por fechar duas unidades de lojas de sapatos que tinham em shoppings e por vender o negócio de equipamentos de mergulho. Assim, conseguiram tempo para manter outros projetos paralelos: Eduardo é representante comercial de uma empresa de mergulho nos Estados Unidos, por meio da qual fornece equipamentos e material didático, e Fabiany faz a gestão da loja Lacoste no ParkShopping em parceria com o pai.
Contato
Saiba mais pelo site www.limoncelloristorantebsb.com ou pelo telefone 3226-3208.