Ana Paula Lisboa
postado em 24/02/2019 16:59
Quem passa pela comercial do Setor Noroeste, especialmente aos fins de semana, pode perceber um intenso movimento no 360 Cozinha Contemporânea. Aos sábados e domingos, chega a haver lista de espera. Um sinal muito bom num bairro tão novo. O cardápio é variado, composto por pizzas (as mais pedidas são bacalhau, calabresa e marguerita), massas (como o fettuccine com ragu de rabada), carnes (entre elas, o tornedor em crosta de macadâmia com risoto de queijo brie), bacalhau na brasa, entre outras opções. Na parte das sobremesas, o campeão é o petit gateau de goiabada com sorvete de tapioca. O restaurante abriu as portas em junho de 2016 e, desde então, cativa moradores dali e de outras localidades. ;As pizzas fazem bastante sucesso. Tem cliente que vem da Asa Sul, do Park Way e de outros lugares para comer. As pessoas chegam por indicação;, comemora Danielle Rodrigues Martins, 34 anos.
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Psicóloga, ela comanda a casa em parceria com o irmão, o advogado Gustavo Rodrigues Martins, 32. Os pais deles, João Salvador Caldeira Martins, 59, e Rosângela Rodrigues de Almeida Martins, 55, são os sócios investidores da iniciativa. ;É um ambiente muito familiar, até porque somos uma empresa familiar. A gente trata os clientes como amigos. Para as pessoas que moram no Noroeste, o restaurante é como se fosse o quintal da casa delas;, compara Danielle. ;O movimento tem crescido bastante, principalmente com happy hour na sexta-feira (quando recebemos até 110 pessoas); feijoada e música ao vivo aos sábados (para 120 pessoas); e prato-família nos domingos (quando mais de 100 clientes vêm ao restaurante);, diz. Durante a semana, cerca de 80 fregueses são atendidos por dia.
Com disposição para aperfeiçoar o negócio, os irmãos volta e meia pensam em algo para implantar. ;Respeitamos muito a freguesia e vamos sempre instalando melhorias, como diversificar o cardápio, lançar carta de drinks, colocar a logomarca do restaurante nos copos; São investimentos bobos que tem cliente que repara;, observa. ;É uma empresa familiar, então cada um ajuda com uma parte. Minha mãe é designer e arquiteta, então cuida dessa parte de alterações na fachada, por exemplo;, conta Gustavo. ;Já meu pai fica mais em Unaí por causa do negócio dele, mas, quando está em Brasília, gosta de estar no restaurante conversando com a clientela;, explica. No entanto, a gestão da casa de fato fica por conta dos filhos. ;Eu cuido das finanças, das compras e da gestão dos colaboradores. Meu irmão fica com a parte de marketing e eventos;, conta Danielle, que fica na casa de segunda a sexta, durante o dia. Gustavo trabalha à noite. ;Nos fins de semana, meu pai ou o Gustavo ficam;, acrescenta Danielle.
Gerência consolidada
Peças-chaves do restaurante são também os 20 colaboradores da pequena empresa. Em especial, o gerente Francisco Melo, 46 anos. Ele é, provavelmente, a primeira pessoa que qualquer cliente avista ao chegar ao restaurante: está sempre de pé ali para recepcionar e sanar qualquer problema, com um sorriso amigável. O cearense trabalha na área há 18 anos. ;O Francisco (Ansiliero), do Dom Francisco, foi meu professor por 14 anos;, conta. Ele atribui o bom desempenho do 360 a bom atendimento, qualidade dos alimentos e preço justo. ;Tudo isso num lugar que está começando. À medida que o Noroeste cresce, a gente só tem a crescer também;, diz. O contato com a clientela é muito próximo, já que Melo está sempre a postos.
Transição
Danielle e Gustavo têm outras funções fora do restaurante: ela trabalha com avaliação psicológica de bancas de concurso público e avaliação para manuseio de arma de fogo; enquanto ele atua na Secretaria de Estado de Fazenda do Distrito Federal. Os irmãos não são os fundadores do restaurante, que foi aberto como 360 Grill. No entanto, como moradores do Noroeste, eram frequentadores. Quando o antigo dono estava interessado em vender, e eles com vontade de iniciar um negócio, uniu-se o útil ao agradável. ;A gente já gostava do restaurante, que sempre teve qualidade da comida e do atendimento muito alta. Pegar um barco andando para gerenciar pode ser complicado, mas ficou mais fácil, porque a gente conhecia a equipe.
Foi o gerente Francisco Melo que mediou a compra do restaurante, já que está na casa desde o início. ;Eu vim trabalhar aqui três meses antes da abertura do restaurante e ajudei a montá-lo. Fizemos pesquisa de mercado na época e vimos que o Noroeste tinha de 7 mil a 8 mil famílias, então, tinha que ter coragem para iniciar algo aqui. E, agora, está dando certo;, aponta. ;Melhorou bastante, porque o antigo dono estava muito sem tempo para cuidar do restaurante. Então, a transição foi tranquila e todo mundo trabalha feliz.; Gustavo relata que o público acabou percebendo isso também. ;A presença do dono faz muita diferença. Tem muito cliente que elogia, diz que o restaurante está melhor;, observa. ;A transição foi tranquila, porque os colaboradores viram que somos parceiros e colegas de trabalho. Se o restaurante cresce, eles também vão crescer;, comenta Danielle. ;O conselho que eu posso dar para alguém que vai comprar um negócio, em vez de montar do zero, é que é preciso sempre olhar, primeiro, o que pode melhorar e ir aplicando aos poucos, nunca fazer uma mudança radical. Veja o que a clientela e os colaborares estão pedindo.;
Saiba mais
CLNW 10/11, Bloco C, Noroeste
3968-1333