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Três perguntas para

Lia Clerot, psicóloga formada pela Universidade Católica de Brasília (UCB) e especialista em terapia familiar sistêmica

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 22/09/2019 04:07
Lia Clerot, psicóloga formada pela Universidade Católica 
de Brasília (UCB) e especialista em terapia familiar sistêmica

Como identificar a índrome da pressa?
A identificação da síndrome da pressa é feita por meio de diagnóstico clínico. Ou seja, durante a terapia passa por uma uma análise dos sintomas. Mas, normalmente, quem tem a síndrome sente-se sobrecarregado, não consegue dormir bem e acorda cansado. Em resumo, é um conjunto de fatores que pode levar a pessoa a adoecer, inclusive psicologicamente. Geralmente, pessoas que têm a síndrome da pressa estão sempre preocupadas com alguma coisa e têm muita dificuldade para relaxar. Além disso, estão sempre aceleradas e, normalmente, apresentam dores de cabeça e no estômago.

Qual é o melhor tratamento?

Primeiro de tudo, é preciso mudar a rotina com ajuda do especialista. Aconselho sempre a evitar fazer muitas coisas ao mesmo tempo, se concentrar para colocar atenção máxima em uma única atividade. Além disso, é importante que a pessoa reserve um tempo para realizar o que mais gosta, desligar-se do relógio. E, claro, quando possível, se exercitar, pois isso aumenta a produção de endorfina no cérebro, diminuindo o estresse.

É possível confundir a síndrome da pressa com alguma outra doença?
A síndrome da pressa tem semelhança com o estresse em um grau mais avançado. No entanto, os problemas têm sintomas e começam de formas diferentes. O estresse avançado, por exemplo, é uma reação física e psicológica a um evento novo. Já a síndrome da pressa é desencadeada por um padrão de comportamento em que a pessoa acumula atividades. Em muitos casos, o indivíduo, por ansiedade, transforma sua vida em uma correria sem fim para produzir mais, ter mais retorno financeiro e até mesmo para ter mais reconhecimento no trabalho.

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