Trabalho e Formacao

Confira as dicas de professores para a reta final do concurso do TRF 3

As inscrições já foram encerradas. Prova ocorre em 1º de dezembro em São Paulo e Mato Grosso do Sul

Luiz Oliveira*
postado em 27/10/2019 16:47
O Tribunal Regional Federal da 3; Região (TRF3) abriu nove vagas para as seções judiciárias dos estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo. São quatro oportunidades para analista judiciário, sendo três para a área judiciária (bacharéis em direito) e uma para especialidade em informática (graduados em informática ou formados em qualquer área com especialização em informática). O salário é de R$ 12.455,30. Para o cargo de técnico judiciário, há quatro para chances para a área administrativa e uma para especialidade em informática. Interessados precisam ter ensino médio completo, e os aprovados terão salário de R$ 7.591,37.

[FOTO1]O concurso é organizado pela Fundação Carlos Chagas (FCC). Para ambas as posições, a prova, a ser aplicada em 1; de dezembro, terá quatro horas e meia de duração. O teste será constituído de questões objetivas de conhecimento gerais e específicos, estudo de caso ou redação discursiva. O estudo de caso só não será cobrado para técnico judiciário da área administrativa e consiste em duas questões práticas, na qual o candidato deverá apresentar, por escrito, soluções que identificou. As disciplinas comuns a todos os cargos são português, raciocínio lógico-matemático, gestão pública, noções de direitos das pessoas com deficiência, noções de sustentabilidade, noções de governança corporativa, noções de gestão estratégica. Haverá ainda questões de conhecimentos específicos de cada área.

Para passar

Carlinhos Costa, professor de noções de direito das pessoas com deficiência do Gran Concursos Online, acredita que o concurso deve cobrar com destaque regulações de acessibilidade e do atendimento prioritário. Concurseiros costumam brincar e chamar a FCC de ;Fundação Copia e Cola;. O modo de cobrar os conteúdos deve fazer jus ao apelido não oficial da banca. ;Eles não querem alguém que saiba utilizar as regras de acessibilidade, mas, sim, os que decoram;, destaca Carlinhos. Ele propõe que os participantes foquem a leitura pontual das leis, em destaque para três: n; 1048, n; 1098 e n; 13.146. Faltando pouco mais de um mês para a prova, ele orienta que os concurseiros ;organizem os conceitos e definições e façam muitos exercícios;. Com relação ao direito administrativo, o professor do Gran Cursos Online Renato Borelli indica a resolução de provas anteriores do próprio TRF3 ou de outros similares.

;Neste ano, teve a prova do TRF4, com sede em Porto Alegre, que foi elaborada pela mesma banca, portanto serve como uma boa;, recomenda. No entanto, Renato alerta os candidatos para a importância de não se acomodarem e ficarem preparados para surpresas. O professor acredita que a prova não deve ser extensa, o que não é motivo para relaxar na preparação. Para motivar os interessados, deixa como exemplo o método de estudo dele para o último concurso de que participou. ;Resolvi cerca de 10 mil questões. É importante resolver o maior número de itens possível antes da prova;, ensina. O professor de direito administrativo e previdenciário do IMP Concursos José Trindade reafirma a importância de usar a prova do TRF da 4; Região como exemplo. No entanto, diferentemente de Renato Borelli, ele aponta uma característica diferente em relação ao tamanho da avaliação. ;É uma prova muito extensa, bastante cansativa, que demanda tempo. Então, saber administrar isso será um diferencial;, observa.

Em busca da vaga

Luiza Karoline de Souza, 25 anos, e Gabriela Fernanda Costa Mendes, 25 anos, estão entre os candidatos que disputarão por vagas de analista judiciário na especialidade direito. Ambas tentaram também o concurso do TRF da 4; Região, o que as motivou a se inscreverem na prova da 3; Região. ;Fiz sem estudar e, mesmo assim, consegui acertar 85% das questões. Por isso, resolvi estudar para o TRF3;, diz Luiza, que é graduada em direito e em relações internacionais. A rotina de estudo dela é pautada por disciplina e começa de madrugada. ;Estudo todos os dias das 4h às 12h e, à tarde, vou para o trabalho;, relata ela, que mora em Brasília.

Luiza tem como grande sonho se tornar juíza, mas não deixa de fazer outros concursos. Ela compartilha no Instagram @Magislu as peripécias de estudar para seleções. ;Criei a página porque percebi que poderia ajudar aqueles que estão estudando, mas não sabem como começar e prosseguir nesta, que para mim, é uma jornada longa;, explica. Moradora de Rio Branco, Gabriela estuda de quatro a cinco horas por dia. ;Resolvo muitas questões e tenho revisado bastante;, conta. ;Eu estou numa fase da minha vida que eu quero muito passar num concurso. Já sou mãe e nunca quis advogar, portanto ser concursada é a minha escolha;, relata. Ela conta que os últimos meses antes da prova têm sido muito corridos. ;Nunca estudei tanto, me sinto altamente motivada. Acho que agora vai dar certo;, aposta.

O que diz o edital

Concurso Público destinado ao provimento de cargos dos Quadros Permanentes de Pessoal do Tribunal Regional Federal da 3; Região e das Seções Judiciárias dos Estados de São Paulo e de Mato Grosso do Sul
Inscrições: encerradas em 2 de outubro, confira o edital: bit.ly/2pn1hrh
Taxa: R$ 85 (técnico judiciário) e R$ 95 (analista judiciário)
Vagas: nove, sendo quatro para analista judiciário e cinco para técnico judiciário
Prova: 1; de dezembro
Local: várias cidades de São Paulo e Mato Grosso do Sul

Passe bem/Noções de direito das pessoas com deficiência

O Poder Público tem importante papel na implementação da Lei Brasileira da Inclusão. As ações governamentais são essenciais para garantia dos direitos e ainda para fiscalizar sua aplicação, sem esquecer de acompanhar e prever ações para o planejamento estratégico do estado na implementação dessa política pública. São ações que o poder público deve garantir, exceto:
a) planejamento de estudo de caso, de elaboração de plano de atendimento educacional especializado, de organização de recursos e serviços de acessibilidade e de disponibilização e usabilidade pedagógica de recursos de tecnologia assistiva
b) divulgar, para os agentes interessados e beneficiários, a política habitacional prevista nas legislações federal, estaduais, distrital e municipais, com ênfase nos dispositivos sobre acessibilidade.
c) assegurar a participação da pessoa com deficiência em jogos e atividades recreativas, esportivas, de lazer, culturais e artísticas, inclusive no sistema escolar, considerando as condições desiguais e promovendo a inclusão com as demais pessoas.
d) incentivar a provisão de instrução, de treinamento e de recursos adequados, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas;
e) promover e garantir condições de acesso e de permanência da pessoa com deficiência no campo de trabalho.

Comentário:

A descrição está no artigo 43, III. A pessoa com deficiência deve ter as mesmas condições das pessoas ditas normais. Veja: assegurar a participação da pessoa com deficiência em jogos e atividades recreativas, esportivas, de lazer, culturais e artísticas, inclusive no sistema escolar, em igualdade de condições com as demais pessoas.

Questão elaborada e comentada pelo professor Carlinhos Costa

Gabarito: letra c


*Estagiário sob supervisão da subeditora Ana Paula Lisboa

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