Fazer uma graduação fora do país é o sonho de muitos brasileiros. No entanto, o elevado custo de estudar e viver no exterior desencorajam vários interessados e tornam a faculdade internacional um sonho distante. Para se ter uma ideia, anuidade, taxas, moradia e alimentação na Universidade Harvard, uma das instituições de ensino mais prestigiadas do mundo, é de US$ 67.580 (aproximadamente R$ 271.576). Isso não inclui gastos com transporte, despesas pessoais e livros escolares. A boa notícia é que diversas universidades internacionais ofertam bolsas parciais ou integrais de estudo para alunos estrangeiros.
Há ainda casos de instituições que oferecem auxílio para ajudar com o custo de vida no país. Apesar de reunir as universidades mais caras do mundo, os Estados Unidos são também o país mais generoso em termos de bolsas. De acordo com a Fulbright Comission, há mais de 600 universidades norte-americanas que oferecem auxílios maiores do que US$ 20 mil (aproximadamente R$ 80 mil) para alunos internacionais. Entre elas, 250 ofertam bolsas integrais. Isso torna o país um dos destinos mais procurados pelos brasileiros para fazer graduação. Outros lugares que estão na lista dos favoritos são Canadá, Inglaterra, Holanda, Nova Zelândia, Austrália, Inglaterra, Holanda e Portugal.
Acompanhamento durante a aplicação
Há diversas empresas que oferecem acompanhamento ao interessados em se candidatar para universidades do exterior. Há também instituições que disponibilizam esse serviço gratuitamente. É o caso da Fundação Estudar, por meio do programa Prep Estudar Fora. ;Por meio de cursos de aproximadamente um ano, a gente acompanha esses jovens para que eles possam completar a candidatura, que é um pouco complicada;, explica a coordenadora do Prep Estudar Fora, Juliana Kagami. ;Os benefícios incluem preparação com especialistas da Fundação Estudar; auxílio de um mentor individual ; uma pessoa já aprovada em uma universidade de prestígio lá fora; aulas de preparação para os testes e apoio de uma rede de alunos que também estão se candidatando para instituições internacionais;, acrescenta. Ela explica, ainda, que os jovens que necessitam de auxílio financeiro podem receber bolsa para custear tanto o processo seletivo, que não é barato, quanto a faculdade.
Anote!
Inscrições para participar do Prep Estudar Fora até 16 de dezembro pelo link: materiais.estudarfora.org.br/prep
Pré-requisitos:
; Estar no penúltimo ou último ano do ensino médio em 2019;
; Estar se preparando para enviar a candidatura no ciclo de 2020-2021;
; Apresentar alto desempenho acadêmico ao longo do ensino médio;
; Apresentar histórico relevante de participação em atividades extracurriculares;
; Ter excelente domínio do inglês.
Passo a passo
A gerente da consultoria educacional Crimson Education no Brasil, Laila Parada Worby, dá algumas dicas para estudantes do ensino médio que sonham em fazer a graduação em uma universidade estrangeira
Preparatório
A Associação de Estudantes Brasileiros no Exterior (Brasa, em inglês) oferece apoio a jovens que desejam se formar em uma universidade internacional. Por meio do programa Brasa Pré, os candidatos recebem mentoria de estudantes que já passaram no processo de candidatura de instituições de ensino superior prestigiadas internacionalmente. O processo seletivo para participar do programa é feito no início do ano e inclui redação e entrevista. Mais de 400 alunos já passaram pelo Brasa Pré e 85% foram aceitos nas melhores faculdades dos Estados Unidos, muitos com bolsa.
Atenção às notas
As instituições de ensino superior estrangeiras costumam analisar as médias acadêmicas dos candidatos desde o 9; ano até a 3; série do ensino médio. Por isso, é importante garantir boas notas no boletim. ;Para o vestibular brasileiro, as notas que você tirou no ensino médio não importam tanto. O aluno que deseja fazer uma graduação no exterior, no entanto, precisa focar o desempenho acadêmico na escola;, afirma Laila. ;Se o processo seletivo incluir algum tipo de prova, também é importante começar a se preparar desde cedo;, completa. Ela recomenda que os candidatos procurem questões antigas do mesmo processo seletivo como forma de treino.
Pratique atividades extracurriculares
As atividades que os estudantes desenvolvem fora da sala de aula também contam muito na hora de aplicar para uma universidade internacional. Valem trabalhos voluntários, olimpíadas, simulações da ONU, esportes, gincanas culturais... O importante é investir em atividades que ajudem na formação e desenvolvimento pessoal. ;Isso é fundamental, sobretudo, para as universidades norte-americanas, mas também pode ser relevante para países como Inglaterra e Canadá;, explica a gerente da Crimson Education no Brasil. ;As universidades querem ver se o aluno tem histórico de liderança e engajamento.; Quanto antes o estudante puder investir nessas atividades, melhor. ;Um aluno que se interessa por física, por exemplo, e faz a primeira olimpíada no terceiro ano do ensino médio dificilmente vai conseguir algum destaque;, afirma Laila. ;Começar com essas atividades desde cedo ajuda o candidato a ter conquistas cada vez maiores quando chegar ao fim do ensino médio.;
Invista em língua estrangeira
Para estudar em uma universidade do exterior, não basta saber ;se virar; com o idioma local. Além de o processo seletivo incluir, em geral, provas e redações na língua estrangeira, as instituições costumam exigir certificado de proficiência. ;O aluno precisa focar bastante o idioma que vai falar durante a faculdade. Às vezes, as pessoas até se esquecem da importância do inglês como um critério de processo seletivo;, explica, em referência às universidades estadunidenses. ;É exigido um nível de inglês avançado, que vai permitir ao aluno se expressar em sala de aula, falar com o professor, fazer trabalhos e leituras e, inclusive, socializar com os colegas.;