Trabalho e Formacao

Com ajuda da filha, goiana é dona de cinco restaurantes em Brasília

Com a ajuda da filha, goiana é dona de cinco restaurantes em Brasília. O primeiro deles é o Chocolate Glacé, que fica no Brasília Design Center (Setor de Rádio e TV Sul)

Isadora Martins*
postado em 24/11/2019 19:14
Se comandar um restaurante não é tarefa fácil, imagine cinco. A empresária Tânia Aranha, 62 anos, entretanto, o faz com maestria. Ela atua no ramo há 25 anos, desde que abriu a primeira casa de gastronomia, chamada Chocolat Glacé. O estabelecimento, localizado no Brasília Design Center (Setor de Rádio e TV Sul), começou como confeitaria e, hoje, serve almoço de segunda a sábado, atendendendo cerca de 200 pessoas por dia. O cardápio é variado: dispõe de um self service, ilha de sushis e sashimis e mesa de sobremesas. Além disso, o empreendimento oferece buffet para eventos.
[FOTO1]
Além do Chocolat Glacé, a empresária administra os restaurantes Parque Boucherie, Quitanda, Caponata e Tempero e Sabor, todos na Asa Sul. Para isso, conta com a ajuda da filha Fernanda Aranha, 33. Normalmente, Fernanda trabalha no Chocolat Glacé e gerencia a parte de eventos, enquanto Tânia reveza o tempo entre os outros restaurantes. Desde que se aposentou, há cinco anos, o marido de Tânia, Ivair Aranha, também auxilia nos negócios.

Engajada desde cedo

;Quando o Chocolat Glacé inaugurou, eu tinha oito anos de idade. Eu e minha irmã sempre vínhamos para cá brincar depois da escola;, relembra Fernanda. Ela conta que escolheu cursar administração para dar continuidade aos negócios da família. ;Durante a faculdade, eu saía do UniCEUB (Centro Universitário de Brasília) e vinha para o restaurante. Depois que me formei, aos 21 anos, comecei a ficar aqui integralmente;, relata. ;Foi aí que descobri minha paixão e talento mais pela área de eventos do que pelo restaurante em si.;

De acordo com Tânia, o apoio da filha é fundamental para o sucesso dos negócios. ;A Fernanda sempre esteve comigo nessa jornada. Nos últimos dez anos, ela tem comandado a área de buffet sozinha;, comenta. ;Eu praticamente não sei quais festas organizamos mais. Quando vejo, elas já estão prontas e são um sucesso;, acrescenta.

Trajetória

Antes de abrir o primeiro restaurante, Tânia, que é formada em psicologia pela Universidade Federal de Goiás (UFG), havia trabalhado como psicóloga por dez anos e como corretora de imóveis, por quatro. Ela decidiu comprar a loja no Brasília Design Center para investir. ;Eu não sabia nada de gastronomia. Comprei esse café para depois vender o ponto e ficar com o imóvel. Mas aí eu me apaixonei e trabalho com isso há 25 anos;, conta.
mãe e filha sorrindo para a câmera de mãos dadas. A filha é branca, tem cabelos lisos e castanhos. Veste uma camisa branca. A mãe também é branca, tem cabelos lisos e castanhos na altura do ombro e veste uma blusa preta. No fundo, o buffet de um restaurante
No começo, o Chocolat Glacé era um café. Entretanto, ao perceber que, no shopping, só havia lojas de decoração, Tânia entendeu que transformá-lo em um restaurante seria um bom negócio. ;Eu comecei fazendo comida na minha casa e trazendo para cá. Na época, eu trazia porções para 20 pessoas, depois, a demanda aumentou para 30, 40, 50 e assim por diante;, relata. ;Havia mais caixas de verduras na sala da minha casa do que móveis. Meu marido começou a ficar incomodado;, brinca.

O negócio cresceu e fez tanto sucesso que a goiana decidiu investir em outros restaurantes. Durante essa jornada, também foi convidada para administrar o setor de alimentos e bebidas de um hotel que havia sido recém-inaugurado em Brasília, onde trabalhou por cinco anos.

Paixão por pessoas

Em todas as profissões que exerceu, Tânia pôde fazer o que ama: lidar com pessoas. ;Quando eu trabalhava como corretora, ganhava, em média, R$ 5 mil de comissão ao vender um imóvel. Aí eu vinha para o Chocolat Glacé ; que, na época, era confeitaria ;, vendia uma coxinha e sentia a mesma felicidade;, relembra. ;Foi aí que eu tive a certeza de que não gostava de dinheiro, mas de atender e trabalhar com gente;, acrescenta. ;Eu gosto tanto que, hoje, meu maior bem são meus funcionários e meus clientes, sem falar na família, evidentemente.;

Inclusive, a dica da empresária para quem quer abrir o próprio negócio é ser apaixonado por pessoas. ;Quando você tem cuidado com seus clientes, é muito difícil dar errado. Antes de iniciar qualquer negócio, pense no tanto que você gosta de lidar com gente. Se você gostar muito, vai em frente, que vai dar certo!”, aconselha.

*Estagiária sob a supervisão de Ana Sá

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação