postado em 21/12/2019 04:07
Foi-se o tempo em que usávamos o celular apenas para fazer ligação e mandar mensagem. Hoje, você pode executar centenas de tarefas com um único aparelho. Pagar contas, comprar ingressos, pedir comida, assistir a um filme e mais um milhão de possibilidades que você leva no bolso da calça, dentro da bolsa ou na palma da mão. O que permite que a gente tenha todas essas facilidades são aqueles pequenos ícones na tela do smartphone, os aplicativos. Os apps, como são chamados, são pequenos softwares programados para executar tarefas que vão facilitar o dia a dia do usuário.
Um exemplo simples é o de calculadora, que pode ser encontrada na maioria dos celulares. Com isso, você não precisa ficar andando com uma máquina de fazer contas para onde for. Por trás dessas ferramentas que, para nós, são tão simples, trabalham profissionais que diariamente quebram a cabeça para descobrir problemas e propor soluções para eles. Isso em qualquer área da vida. Existem aplicativos voltados para o campo da saúde, educação, esporte, lazer e muitos outros. No desenvolvimento desses projetos, há dois profissionais principais: o programador e o designer.
Com o objetivo de formar profissionais que vão desenvolver soluções a partir da tecnologia, desde 2013, a Apple mantém no Brasil o programa Apple Developer Academy. A capacitação tem duração de dois anos, durante os quais os alunos aprendem a programar nos sistemas operacionais da empresa ; Swift, iOS, tvOS e watchOS. Além disso, eles recebem capacitação para a criação de startups e design de apps. Foi na Apple Developer Academy de Brasília que o estudante de design Paulo Victor Costa, 23 anos; e os programadores Victor Kremiski, 23; e Higor Chaves, 24, se conheceram e, em conjunto com a também programadora Sabrina Veras, 23, desenvolveram o Cognaction.
Trata-se de uma plataforma de jogos para estimular o desenvolvimento de crianças com síndrome de Down. São passatempos simples, como tocar no rosto dos bonecos e associar figuras, mas que podem fazer uma grande diferença ao estimular capacidades de coordenação motora, raciocínio, entre outras. Cada toque que o usuário faz no aparelho é um dado a ser enviado para a base do aplicativo. Esses dados vão ser analisados por uma neurocientista, que faz toda a análise científica do projeto.
Sabrina explica que a equipe teve o cuidado de desenvolver jogos que não tragam frustração para as crianças. ;Se ela tocar no rosto ou no vagão errado, nada vai acontecer. Justamente para que ela não se frustre ao errar.; O aplicativo já foi testado com estudantes com síndrome de Down de escolas públicas do DF e o objetivo é tornar a plataforma em um negócio a ser disponibilizado para escolas e consultórios. Os desenvolvedores atuam em parceria com o projeto Espaço Com-Vivências, da Universidade Católica de Brasília (UCB), que oferece oficinas de natação e aula de dança para crianças com deficiência.
Para participar
Os interessados em ingressar na Apple Developer Academy de Brasília devem estar matriculados em qualquer curso de graduação da UCB e passam por duas etapas de seleção. Tem prova para programadores e apresentação de portfólio para quem quer participar como designer. Interessados em ambas as especialidades ainda passam por uma entrevista. O programa é aberto a cada dois anos. O último foi em fevereiro deste ano. Mais informações no site: developeracademyucb.com.br.