Trabalho e Formacao

De olho nas redes e no celular

Correio Braziliense
postado em 09/02/2020 04:08



Por falar em imagem, outra questão a ser observada é em relação ao comportamento nas redes sociais. Dependendo do conteúdo, uma postagem pode resultar em demissão ou ser determinante no momento de contratação. “Isso acontece porque a empresa não quer se associar com algo que talvez não tenha a ver com a identidade da marca”, explica a psicóloga e analista de recursos humanos da QI Agência Thainá Passos.

De acordo com a especialista, postagens pornográficas, sexualizadas, de extremismos políticos, religiosos, preconceitos e espalhar notícias falsas são coisas que podem pegar mal para o funcionário. Publicações com o cunho de julgamento também não são bem-vindas. “A gente considera que, se a pessoa faz isso ali fora, ela pode fazer dentro do local de trabalho. Em termos de valores para uma empresa, a gente tende a fazer uma generalização mesmo”, adverte.

Colega de Thainá, a gerente de recursos humanos Kellen Cristine Frajorge ressalta que a análise não passa por uma avaliação de aparência ou de monitoramento da vida do colaborador. “Se a pessoa postar uma foto de biquíni ou bebendo, isso não é um fator de julgamento. A gente se preocupa mais com coisas que podem afetar a saúde do grupo e não com aparência”, completa.

O uso do celular foi outra mudança que a tecnologia trouxe para o ambiente de trabalho. Se antes empregadores proibiam o item durante o expediente, hoje, para muitos, o aparelho é ferramenta de trabalho. O telefone traz facilidades que podem ajudar no dia a dia na firma, porém, às vezes podem passar um pouco dos limites. Aplicativos de troca de mensagem e e-mail fazem com que o funcionário não se desligue do ofício mesmo após o expediente.

Para Sérgio Agudo, diretor de negócios para a América Latina da Udemy, é necessário que haja um acordo entre chefes e funcionários para que esse tipo de situação não ocorra. “Hoje, as pessoas trabalham de casa, na rua e em todo lugar, mas é preciso encontrar um equilíbrio. Fazer um acordo para que haja um limite entre o que é do trabalho e o que é pessoal.”


"A gente considera que, se a pessoa faz postagens pornográficas, sexualizadas, de extremismos políticos, religiosos, preconceitos e de espalhar notícias falsas ali fora, ela pode fazer dentro do local de trabalho. Em termos de valores para uma empresa, a gente tende a fazer uma generalização mesmo”
Thainá Passos, analista de RH




Se a pessoa postar uma foto de biquíni ou bebendo, isso não é um fator de julgamento. A gente se preocupa mais com coisas que podem afetar a saúde do grupo e não com aparência”
Kellen Cristine Frajorge, gerente de RH

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