CEO da Inpartec, empresa especializada em plataformas colaborativas e de produtividade, Hélio Sá diz que, com o novo coronavírus, bastaram sete dias para que as pessoas mudassem de visão sobre o home office. “Antes, ele era visto como uma estratégia de otimização e até de modernização. Em uma semana, virou questão de sobrevivência”, comenta. A própria Inpartec experimentava havia oito meses a implantação do trabalho remoto aos poucos — um processo que precisou se acelerar.
“Somos uma empresa que provê tecnologia, nós tínhamos todas as ferramentas prontas, mas ainda tínhamos um desafio cultural, de a liderança ficar confortável com esse trabalho remoto”, revela. “Em uma semana, tivemos que combater todos os medos, todos os receios, tirar todas as desculpas que a gente tinha na frente e tornar o serviço remoto realidade do melhor modo possível”, relata. Cientista da computação com especialização em empreendedorismo, Hélio faz balanço positivo da primeira semana da Inpartec com o home office, mesmo não sendo o cenário ideal de implementação.
Metamorfoses que vieram para ficar
O home office veio para ficar, afirma Hélio Sá, CEO da Inpartec. “Tirando a parte da calamidade pública que a gente vive, acredito que seja um momento de profunda transformação em relação ao trabalho remoto. São metamorfoses positivas e que tendem a ser duradouras”, analisa. Para muitos grupos, claro, não foi fácil. “Várias empresas tiveram que sair do zero, sem nenhuma tecnologia, nenhum projeto para o trabalho remoto. Um processo que dura em torno de dois anos, elas tiveram que implementar em uma semana.” Os principais desafios, destaca Hélio, giram em torno da tecnologia e da questão cultural.
A manutenção da produtividade no trabalho remoto requer comunicação transparente e presente. A tecnologia é a saída para providenciar isso a distância. Não faltam plataformas para permitir o diálogo, desde telefone, e-mail, Skype e WhatsApp a sites que permitem reuniões virtuais, como Zoom. Há empresas que apostam em sistemas próprios, adotando o conceito de digital workplace. São ambientes virtuais que possibilitam que o funcionário trabalhe de qualquer lugar.
Hélio acredita que é necessário, por um lado, que os colaboradores tenham recursos e ferramentas para desenvolver suas atividades diárias sem dificuldades. Por outro lado, os gestores também devem acompanhar o desenvolvimento dos projetos, simultaneamente, com a ajuda da tecnologia. Por isso, um digital workplace facilita o dia a dia e a conexão. Também é um mundo virtual mais atrativo para os jovens. “Isso também visa acolher gerações mais novas, que convivem com tecnologias e aplicativos de ponta e, na empresa, se deparam com o tradicional e-mail… Isso é muito difícil para esses colaboradores”, aponta.
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