Correio Braziliense
postado em 19/04/2020 04:11
Há quem pense que os bares não teriam outra saída senão fechar as portas e esperar a pandemia passar. Essa, porém, não é uma opção para a equipe do Eskina Bar, na 206 Sul, que usou a criatividade para investir na campanha Amigos do Eskina, por meio de vouchers. São vendidos cupons virtuais que poderão ser usados pelo cliente quando a loja reabrir. Os valores variam de R$ 50 a R$ 300, podem ser parcelados e ainda contam com bônus que variam de 30% a 50%.
Por exemplo, se você compra um voucher de R$ 100, terá direito à consumação de R$ 130. O estabelecimento recebe dois públicos alvos: famílias para almoçar e aqueles que preferem a características mais balada do Eskina. Com atrações musicais e jogos de futebol transmitidos ao vivo, o ambiente costumava ficar lotado. Semanalmente, recebia de 800 a mil pessoas. “Suspendemos o funcionamento em 18 de março, inclusive antes do decreto do governador, exatamente pelo fato de ser um ambiente de aglomeração”, conta Atiê Araújo, um dos sócios.
A decisão societária de fechar o bar também considerou os colaboradores. “Nós temos 35 funcionários. Então, temos também uma parcela de responsabilidade em deixar todos os colaboradores protegidos”, explica. Os proprietários decidiram não operar nem mesmo por meio de delivery para garantir a saúde dos funcionários. A ideia do voucher surgiu da necessidade de gerar receita mesmo com a casa fechada. Algumas dívidas continuam ativas, como a folha de pagamentos e os compromissos com os fornecedores e os empregados, que estão todos em férias remuneradas.
“O dinheiro entra para a gente agora, e o cliente consegue consumir quando o bar reabrir”, explica. O bônus é uma motivação para a compra. O empresário conta que o número de aderências surpreendeu logo no primeiro dia da campanha lançada. “Tem sido um sucesso”, revela. Mesmo assim, o plano de marketing precisa continuar atraindo interessados.
Nas redes sociais, além de divulgar a venda dos vouchers, a equipe demonstra apoio às medidas em prol do isolamento social. “Nós abraçamos essas ideias. Nosso interesse é passar por essa pandemia o quanto antes, cuidar e proteger os nossos funcionários e clientes para, depois, pensar em reabrir o bar e considerar a questão financeira”, afirma.
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