Correio Braziliense
postado em 03/05/2020 04:18
Marcelo Arone, fundador da consultoria em recursos humanos Optme, analisa que entre os profissionais que continuam sendo demandados mesmo em meio à crise estão os que atuam em e-commerce e ligados à tecnologia. É o caso do especialista em processamento de dados pela Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec-SP) Rodrigo Kendji Shimada, 36 anos. Em meio a uma pandemia, ele conseguiu um novo trabalho, tornando-se líder do time de engenharia de software da intermediadora de pagamentos virtuais Wirecard.
Rodrigo trabalhava com gestão de processos em outra instituição quando soube da vaga por recomendação de um colega. Logo mandou o currículo em uma plataforma virtual e foi convocado para a entrevista por telefone. Houve ainda mais duas fases. Para ele, a oportunidade é um privilégio. “O mercado está passando por uma crise. Tem muita gente perdendo o emprego, enquanto eu, além de conseguir uma recolocação, estou em uma empresa que oferece todo o suporte para o trabalho remoto”, conta.
O processo seletivo que aprovou Rodrigo aconteceu após a chegada da pandemia ao país, mas antes de o alastramento se tornar mais grave. Ele pediu demissão da antiga empresa e, pouco tempo depois, começaram as medidas de restrição do comércio e o pedido dos órgãos federais pela quarentena. “Passei por uma crise de insegurança. Durante o tempo em que fiquei em casa esperando, comecei a ver que muitas empresas estavam no limite, contratando menos. Deu aquele frio na barriga e me perguntei se havia feito a coisa certa”, confessa. O novo cargo de Rodrigo combinou dois fatores em alta: home office e tecnologia.
Desde antes da quarentena, a Wirecard possibilitava aos colaboradores o trabalho remoto uma vez por semana. Agora, o teletrabalho se tornou regra. Rodrigo assumiu o posto em 6 de abril, quando o isolamento social já estava consolidado, por isso iniciou a função em home office. O líder de engenharia de software relata que está ansioso para o fim da pandemia para poder atuar no escritório. “Não é a mesma coisa que poder almoçar com as pessoas, tomar um café e conversar com os colegas”, ressalta. “De vez em quando é legal, mas não todos os dias”, opina.
"O mercado está passando por uma crise. Tem muita gente perdendo o emprego, enquanto eu, além de conseguir uma recolocação, estou em uma empresa que oferece todo o suporte para o trabalho remoto”
Rodrigo Kendji, recém-contratado da Wirecard
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