Correio Braziliense
postado em 03/05/2020 04:18
Lara Rodrigues, 24 anos, entrou para a estatística dos que ficaram sem trabalho durante a crise de coronavírus. Formada em biomedicina e habilitada em análises clínicas pelo Centro Universitário de Brasília (UniCeub), a jovem foi despedida em consequência da pandemia. Lara estava em período de experiência em uma clínica de depilação a laser na Asa Norte desde dezembro do ano passado. No início de março, passou a cumprir a carga horária e as funções de uma funcionária efetiva.
A carteira de trabalho foi repassada para o setor de contabilidade, mas não ganhou assinatura a tempo. Em 20 de março, antes mesmo de a contratação ser formalizada, ela foi dispensada. A justificativa da empresa: questões financeiras. “Eles haviam investido em equipamentos novos para a clínica que seriam pagos conforme os tratamentos fossem vendidos. Então, por terem que fechar a clínica, os donos ficaram no prejuízo e não conseguiriam me contratar agora”, explica Lara, especialista em biomedicina estética pelo Instituto de Saúde Esportiva Estética e Clínica (Iseec).
Há chances de a clínica recontratá-la quando a situação voltar à normalidade. Entretanto, o setor de estética exige contato direto com o paciente e procedimento mais invasivos, o que ocasiona escassez de vagas na área nesse momento. Por essa razão, agora a biomédica busca oportunidades em laboratórios, em que pode atuar com a habilitação em análises clínicas. “Não é o meu foco, mas dá para pelo menos contornar a situação e depois voltar para o que eu quero seguir”, aponta.
"Por terem que fechar a clínica de estética, os donos ficaram no prejuízo e não conseguiriam me contratar agora”
Lara Rodrigues, biomédica desempregada
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