Trabalho e Formacao

Antes de iniciar os estudos

Correio Braziliense
postado em 17/05/2020 04:23
Para estudar para a seleção de um órgão público, basta pegar apostilas e livros e começar a preparação? Não. Antes mesmo de meter a cara em leituras e exercícios, é fundamental examinar o edital: no caso de um já publicado, é importante analisá-lo por inteiro. Se o concurso ainda não foi lançado, o jeito é se basear no edital do certame anterior por enquanto. E nem sempre é simples. Para quem está começando a jornada concurseira, uma das tarefas mais complicadas é ler e saber extrair do edital as informações mais importantes que ajudarão na hora dos estudos.

A linguagem utilizada nem sempre é fácil de entender. Compreender termos jurídicos, verificar o que pode ser cobrado na prova, saber o que priorizar estão entre as dificuldades. Ainda quando estava começando os estudos, Adalto Mateus, 31 anos, graduado em direito, conta que teve dificuldade em entender a dinâmica dos editais e a complexidade das questões cobradas pelas bancas. “A forma de cobrar o conteúdo é diferente. Algumas optam pela literalidade da lei, outras priorizam doutrinas, jurisprudência do STF (Supremo Tribunal Federal) e do STJ (Superior Tribunal de Justiça)”, repara.

Para entender o estilo de cada organizadora de concursos, Adalto buscou resolver centenas de itens. “Quanto mais você conhece as questões das bancas, mais você consegue focar os estudos no que é cobrado em cada um”, reflete. Quando foi publicado o edital para o concurso de delegado da Polícia Civil do Paraná, o concurseiro passou uma semana estudando o edital para se planejar. “Peguei todas as provas aplicadas para esse cargo nos últimos dois ou três anos a fim de saber quais foram os assuntos mais abordados nas matérias”, relata.

Saber o estilo da banca organizadora pode fazer, sim, diferença. O mais importante é dominar o conteúdo, no entanto, como cada instituição tem uma forma diferente de cobrar, é uma boa estratégia estudar de acordo com o modelo da que vai organizar a prova. “Cada banca cobra o assunto de determinada maneira. Algumas exigem mais jurisprudência; outras, mais doutrina; outras, decoreba; há ainda as que querem a letra da lei; e aquelas que abordam o conhecimento aplicado à realidade”, explica Rodrigo Lima, professor do Gran Cursos Online e auditor do TCU.
 
 

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