Correio Braziliense
postado em 07/06/2020 04:29
A professora de canto e musicoterapeuta Gisele Meira, 56 anos, tem enfrentado problemas de falta de ergonomia no home office. Formada pela Escola de Música de Brasília, Gisele trabalha a partir da mesa da sala, mas o ambiente não é adequado. “Tenho sentido muitas dores nas costas por causa da postura”, relata. Ela procura se movimentar quando pode para evitar os incômodos.
Gisele mudou o período das sessões para que não fiquem prejudiciais fisicamente nem para ela e nem para os alunos. “Minhas aulas, agora, são de 30 minutos, com um espaço de meia hora entre elas. Nesse tempo, eu me levanto e alongo para aliviar as dores”, conta. “A produtividade se torna diferente, as aulas normalmente são de 50 minutos presencialmente. Precisei fazer essa adaptação para não ficar cansativo”, explica.
Rayssa Sousa de Andrade, 26 anos, formada em engenharia elétrica pelo Instituto Federal da Paraíba (IFPB), está trabalhando de casa, em João Pessoa (PB), para a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) da Paraíba. Incômodos físicos tornaram-se comuns. “No meu quarto já existe um ambiente com uma escrivaninha e cadeira, e fiz dele o meu escritório de trabalho. Passar muito tempo sentada me incomoda, mas costumo sempre levantar durante um período para aliviar as dores que sinto nas costas”, diz.
Para Manoel Alves de Almeida Neto, 19, estudante de direito do Centro Universitário Euro Americano (Unieuro), além da falta de ergonomia, os problemas de conectividade prejudicam o home office. Ele é estagiário da Polícia Federal desde dezembro de 2019 e relata dor nas costas por ficar muito tempo sentado.
Enfrentou, ainda, desafios para conectar o servidor do trabalho ao computador em casa. “Nunca carregava. Havia problemas no modem e na minha máquina que impediam, e isso atrapalhou demais o meu serviço”, conta. Para complicar, a senha do trabalho expirou. “Normalmente, eu resolveria isso em minutos, mas, no home office, demorou quase uma semana”, relata.
*Estagiário sob a supervisão da subeditora Ana Paula Lisboa
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