Correio Braziliense
postado em 14/06/2020 04:31
O microempreendedor Bruno Ferreira, 24 anos, é CMO (diretor de marketing) da agência Xis Publicidade e conta que, para se adaptar à crise e diminuir o impacto da perda de clientes, precisou aumentar o leque de serviços que oferece. “A mudança mais drástica foi na comunicação. Nós já tínhamos um viés mais digital, porém, isso se intensificou. Reuniões presenciais zeraram, as comunicações se centraram em call, videochamadas e WhatsApp, tudo se voltou para o digital, de fato”, relata. A maior mudança veio na forma de trabalho.
“Saímos do posto de uma agência de publicidade para, de fato, uma parceira de negócios de cada cliente. O modelo de atuação intensificou-se e ficamos um pouco mais íntimos de cada cliente para poder pensar em soluções e conteúdos novos”. Quanto ao impacto financeiro, Bruno conta que teve queda de 30% no orçamento. “Coisa que eu imaginava que aconteceria desde o início da pandemia. É claro que essa queda é baseada em clientes de negócios que seguem uma linha 100% tradicional, como uma barbearia”, explica.
Bruno trabalha sozinho, chegou a ter uma funcionária, que foi demitida antes da pandemia. No entanto, ele vê as Medidas Provisórias 927 e 936 com bons olhos, apesar de não o afetarem. O que ele gostaria é de um suporte específico para quem é microempreendedor individual (MEI). Em relação ao apoio do Estado, ele é incisivo. “Eu vejo que muito é noticiado sobre linhas de créditos viáveis, mas não percebi esses benefícios e recursos que estão sendo liberados chegarem até o microempreendedor”, queixa-se.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.