Correio Braziliense
postado em 21/06/2020 04:26
De acordo com Juliana Guimarães, empreendedora e especialista em gestão de negócios, há potencial para transformar este período de pandemia num laboratório para inovar e tirar ideias da gaveta. “Para quem teve impacto substancial em faturamento, seria interessante renegociar de forma muito transparente e amigável com os fornecedores. Vejo como necessário deixar por último qualquer possibilidade de demissão neste momento. Esse deve ser o último recurso”, aconselha.
Para seguir adiante, as firmas país afora precisam se adaptar, e logo. Segundo ela, as instituições que viram a migração para o trabalho remoto, por exemplo, como crise devem rever seus conceitos e se atualizar. “As que foram pegas de surpresa têm de se antenar mais. Formatos como o home office, afinal, já existiam antes da pandemia”, analisa. Além disso, apenas colocar as pessoas para trabalhar a distância não basta.
Deve-se empreender uma mudança na cultura da empresa nesse sentido para que dê certo. “A questão não é mais focar quantas horas se trabalha, mas, sim, o que se entrega. Tem que ter iniciativa de aproximação de equipes e uma comunicação boa, independentemente do contato físico”, recomenda ela, que gerencia o laboratório de negócios 55Lab, na Asa Norte.
Os departamentos de recursos humanos podem ajudar, trazendo novas formas de acompanhar e estimular a produção. “Passou da hora de mapearmos os relacionamentos entre as pessoas porque elas se conectam com quem têm mais afinidade. Se há uma comunicação mais fluída, isso faz com que os processos sejam mais redondos e que as equipes tenham mais entrega.” (ALS)
*Estagiária sob supervisão da subeditora Ana Paula Lisboa
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